O câncer colorretal é o terceiro mais frequente na região Norte e está entre os tipos de câncer com maior incidência no Amazonas, atrás apenas do câncer na próstata, mama e colo de útero.
Segundo o Instituto Nacional do Câncer (Inca), são em média de 5 a 6 casos a cada 100 mil habitantes.
E no Dia Mundial de Combate ao Câncer, 8 de abril, a oncologista clínica Gilmara Resende alerta que a incidência de câncer colorretal está ligada ao estilo de vida e hábitos alimentares.
“Podemos reduzir o risco da doença com a realização de exercícios físicos regulares, dieta balanceada e rica em fibras, frutas, legumes e baixa ingestão de alimentos industrializados, além de não fumar e ingerir bebida alcoólica com moderação”, ensina Gilmara.
A incidência da doença é maior em homens com faixa etária acima dos 50 anos de idade, entretanto, casos abaixo de 40 anos de idade podem acontecer, mas estão ligados a síndromes genéticas como, por exemplo, polipose adenomatosa familiar (PAF) e Síndrome de Lynch.
“Por isso, a partir dos 50 anos, a população geral tem indicação de realizar um exame chamado colonoscopia. A partir desse procedimento, é possível detectar as lesões precursoras e já tratá-las. Em pessoas que possuem história familiar positiva, o rastreio inicia-se 10 anos antes da idade da pessoa acometida pela doença ou em caso de qualquer sintoma”, explica a médica.
Entre os sintomas mais comuns da doença está a alteração do hábito intestinal, por exemplo, dor abdominal tipo cólica, sangramento durante a defecação, afilamento das fezes, perda de peso e anemia.
“Entretanto, o paciente também pode não apresentar sintoma nenhum, por isso o check-up é essencial”, ressalta a oncologista.
Sobre o tratamento, Gilmara conta que é multidisciplinar e envolve desde a avaliação do cirurgião oncológico, do oncologista clínico e até radio-oncologista (radioterapeuta), possibilitando iniciar o tratamento com quimioterapia e radioterapia no contexto neoadjuvante, seguido de cirurgia.
“E as chances de cura estão intimamente ligadas ao estágio da doença. Quanto mais precoce o estágio, maior será a chance de cura. E mesmo em alguns casos de doença avançada, alguns pacientes podem ser curados”, disse a médica.
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