Por Israel Conte , da redação
O prefeito Arthur Virgílio Neto (PSDB) espera que o governador Amazonino Mendes (PDT) e o senador Omar Aziz (PSD), líder da bancada federal do Amazonas, “estejam juntos” para defender a Zona Franca de Manaus (ZFM ), em Brasília.
A reunião começa às 16h15 desta terça-feira, dia 5, com o ministro da Fazenda, Eduardo Guardia . Em pauta, a solução ao problema criado para o Amazonas pelo governo federal com o decreto do presidente Michel Temer (MDB), que reduz de 20% para 4% o incentivo do Imposto de Produto Industrializado (IPI) aos fabricantes de concentrados no Amazonas e fere de morte um dos principais setores do faturamento da ZFM.
Questionado pelo BNC nesta manhã sobre o que esperava do encontro na casa do presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), Arthur lembrou que há duas iniciativas para sustar o decreto presidencial.
“Houve duas iniciativas. Uma, coordenada pelo governado do Estado, Amazonino Mendes, e outra coordenada pelo senador Omar Aziz, reunindo o grosso da bancada federal. O que eu espero é que estejam hoje todos juntos, para nós reforçamos ao máximo, junto ao ministro da Fazenda, Eduardo Guardia, que é uma figura de excelente compreensão, que nós não pudemos pagar por essa greve de caminhoneiros, uma greve que foi vista no começo por simpatia por tantos e que agora estão vendo como brincaram com fogo e como seus interesses foram prejudicados”, comentou o prefeito.
Arthur também afirma ser “balela” o governo dizer que vai baixar em R$ 0,46 o litro do diesel.
“Não é verdade. Nós, população vamos subsidiar os R$ 0,46 de rebaixamento na tarifa do diesel. Mas mais do que isso, as outras despesas todas correrão à nossa conta. A greve consumiu mais de R$ 10 bilhões, talvez R$ 15 bilhões, durante a sua duração. E outros R$ 10 bilhões, vieram a conta dos subsídios que serão dados pelo Governo Federal. Então nós temos aí de R$ 20 a R$ 25 bilhões que fazem falta na hora em que o governo tem a necessidade urgente de fazer um ajuste fiscal. A greve desequilibrou as finanças do País, o governo cedeu, e com isso tivemos essa sequência de prejuízos que avultaram em cima dos trabalhadores brasileiros”, lamentou.