A hipertensão arterial que atinge aproximadamente 30% da população brasileira adulta, e mais de 60% dos idosos, será alvo de ação de conscientização da Sociedade Brasileira de Cardiologia, regional Amazonas (SBC-AM).
O evento acontece nesta quarta-feira, dia 25, das 8h às 11h, no Parque do Idoso, bairro Nossa Senhora das Graças, zona centro-sul. Lá serão oferecidos aferição de pressão arterial, palestra e realização de 100 exames de eletrocardiograma.
É o terceiro ano que médicos e estudantes de Medicina da SBC-AM atendem gratuitamente para alertar sobre os riscos da hipertensão, doença caracterizada quando a pressão arterial está acima dos 120 de máxima e 80 de mínima, o chamado “12 por 8” em Manaus.
Causas e controle
Entre as principais causas da hipertensão arterial estão: o sobrepeso e a obesidade, a má alimentação (muito consumo de sal), o sedentarismo, o tabagismo e, em alguns casos, o fator hereditário.
De acordo com o presidente da SBC-AM, cardiologista João Marcos Bemfica Barbosa Ferreira, as pessoas devem procurar sempre aferir a pressão arterial na ocasião das consultas médicas e não só quando estão na presença de um cardiologista.
“O ideal é que a pessoa procure seu médico para consultas de rotina, não necessariamente o cardiologista, pode ser o clínico geral, o ginecologista, até mesmo o pediatra”, observa João Marcos.
Caso se verifique uma alteração, um cardiologista deve ser consultado. A especialidade também deve estar na rotina anual de pacientes adultos mesmo sem sinais de doenças como forma de prevenção.
Idade e gênero
O médico destaca a importância do cuidado com a hipertensão arterial, uma doença assintomática, por ela ser a porta de entrada de outras enfermidades mais perigosas, como o infarto do coração e o Acidente Vascular Cerebral (AVC).
“Por ser uma doença de fácil diagnóstico, deve ser sempre buscada em todas as faixas etárias. Crianças pequenas, acima de três anos, já devem medir a pressão com regularidade. Não é uma doença exclusiva da fase adulta, normalmente nas mais jovens tem uma causa, nas mais velhas é indeterminada”, observa o cardiologista membro da SBC-AM, Frederico Gustavo Cordeiro Santos.
Ele destaca ainda que está havendo uma inversão no número de casos de hipertensão entre homens e mulheres.
“A prevalência antigamente era muito maior nos homens, que tinham aqueles hábitos mais irregulares: trabalhavam o dia inteiro, comiam de forma desregulada, não cuidavam da saúde e sofriam mais com pressão alta e, consequentemente, com infartos e derrames. Hoje em dia isso já mudou muito, pois as mulheres começaram a ter hábitos muito mais parecidos com os homens”, afirma Frederico.
*Com informações da assessoria de imprensa.