A partir de junho deste ano, o Conselho Nacional de Trânsito (Contran)) fará mais uma exigência para tirar mais dinheiro dos motoristas. Será exigido mais um curso teórico, mais uma prova, além do exame médico.
A mudança na lei foi publicada na última semana por meio de uma resolução do Contran, que redefiniu a formação de condutores no país.
Quem renovar a CNH das categorias A e B até 5 de junho terá que fazer apenas o exame médico.
O curso será feito ao renovar a CNH (a cada 5 anos). Tem duração de 10 horas/aula (máximo de 5 horas/aula por dia). Pode ser feito de forma presencial ou a distância.
Prova teórica será com 30 questões de múltipla escolha. Motorista deve ter 100% de frequência no curso e 70% de acertos no exame.
Ainda não há definição sobre mudanças no preço da renovação
Em caso de reprovação
Se o motorista for reprovado, ainda poderá fazer uma nova prova 5 dias depois da divulgação do resultado.
Se houver uma segunda reprovação, ele deverá passar por todo curso novamente.
O curso a distância deve ser realizado em no máximo 5 dias, mas a prova será aplicada apenas presencialmente.
Estão dispensados deste curso apenas os motoristas que realizam atividades remuneradas em veículos, como transporte de carga e passageiros.
Mas estes profissionais também passarão por outro curso específico, de maior duração, a cada 5 anos.
Objetivo
De acordo com o Denatran, o curso tem como objetivo “atualizar as informações e os conhecimentos sobre as legislações de trânsito, considerando a circunstância das constantes e contínuas alterações”.
A mudança foi decidida depois de estudos e reuniões com representantes do setor para padronizar a formação de condutores no Brasil.
No entanto, segundo Magnelson Souza, presidente do sindicato das autoescolas de São Paulo, o curso para renovação da CNH não foi discutido na câmara temática sobre as mudanças.
“Foi uma surpresa, mas entendemos a necessidade de fazer uma atualização dos condutores a cada 5 anos”, afirmou Souza, que espera uma prorrogação no prazo para até o final do ano, para dar mais tempo de adequação aos centros de formação.
Para Marcos Traad, presidente do Detran-PR, o tempo é curto para as adaptações, que também são questionáveis.
“Como a gente avalia se um curso de 10 horas tem impacto real na redução dos acidentes e mortalidade no trânsito?”
Outras mudanças
CNH vai virar cartão com chip até 2019, pedestres e ciclistas poderão ser multados a partir de abril, inspeção veicular será obrigatória até o final de 2019 e placas do Mercosul começam a valer em 1º de setembro.
Fonte: Contran e G1
Foto: Divulgação/Autoescola Piloto