Da Redação
A Polícia Federal confirmou que Wilson Alecrim e Pedro Elias, ex-secretários de Saúde (Susam) do Governo José Melo, foram presos temporariamente na manhã desta quarta, dia 13, na Operação “Custo Político”.
Os dois são suspeitos de envolvimento nos crimes praticados contra o sistema de saúde do Amazonas que, segundo a operação Maus Caminhos deflagrada em outubro de 2016, desviou cerca de R$ 100 milhões dos cofres públicos.
As suspeitas de desvios teriam ocorrido entre 2014 e 2016.
Segundo a Polícia Federal, há fortes indícios de que os ex-secretários recebiam propinas mensais em valores que variavam entre R$ 80 mil e 130 mil. O dinheiro ilegal era pago para que exercessem influência política e acobertassem o esquema criminosa, dificultando o controle da fiscalização de irregularidades de contratos com o Instituto Novos Caminhos.
Alecrim foi preso na casa dele e Pedro Elias em São Paulo.
Operação Custo Político
A operação “Custo Político” é um desdobramento da operação “Maus Caminhos” e atingiu, segundo a PF, os agentes públicos e políticos responsáveis por compactuar, proteger e até livrar os membros da organização criminosa identificada na primeira operação de fiscalização dos órgãos de controle. Os ex-secretários de Saúde presos são suspeitos de recebimento de propina.
Na operação deflagrada na manhã desta quarta-feira, 13, foram presos quatro ex-secretários de Estado do Governo José Melo: Wilson Alecrim e Pedro Elias, da Susam; Raul Zaidan, Casa Civil; e o secretário de Governo e irmão do ex-governador Evandro Melo.
Destes, todos foram presos preventivamente (sem data para serem soltos). Apenas Zaidan foi alvo de um decreto de prisão temporária de cinco dia, podendo ser prorrogada por maior período caso haja um pedido deferido pela justiça federal.
De acordo com a Polícia Federal, há uma medida contra o ex-secretário de Fazenda Afonso Lobo, que não foi encontrado. A PF não divulgou se a medida contra Lobo foi de prisão, embora tenha sido esse o pedido do Ministério Público Federal.
A operação Maus Caminhos, de acordo com a PF, desarticulou uma organização criminosa que desviou, entre 2014 e 2016, R$ 100 milhões dos cofres públicos do Estado, liderada pelo médico Mouhamad Mostafa.
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Foto: BNC