Um novo decreto a vigorar a partir de segunda-feira, dia 9, permitirá o retorno 100% das aulas presenciais em duas semanas no Amazonas. Com a queda nos indicadores da covid (coronavírus), o decreto trará também a liberação de balneários, restaurantes, lanchonetes, academias e similares.
A decisão saiu, neste sábado (7), do Comitê Intersetorial de Enfrentamento à Covid-19, do Governo do Amazonas. Inicialmente, está mantida a restrição da circulação de pessoas entre 1h e 5h pelos próximos 15 dias.
O grupo definiu, ainda, datas para o retorno das aulas 100% presenciais na rede pública estadual e privada, na capital e interior; além de outras alterações nas medidas adotadas para conter o avanço da pandemia.
“Nós estamos atentos aos dados epidemiológicos no estado e da nossa rede de assistência em saúde. Também avançamos muito com a vacinação e sempre buscando equilíbrio entre a economia e vigilância em saúde. Essas ações nos permitem, neste momento, avançar um pouco mais”, destacou o governador Wilson Lima, durante a reunião do comitê.
O retorno de 100% das aulas presenciais na rede pública estadual e privada na capital está autorizado a partir do dia 23 de agosto, e no interior a partir de 8 de setembro.
Mutirões e serviços
O Governo do Amazonas, em parceria com as prefeituras, realizará mutirões de vacinação para completar a imunização com a segunda dose dos profissionais da educação.
Restaurantes, lanchonetes e similares, a partir deste próximo decreto, podem funcionar com capacidade máxima de ocupação em 75%. As brinquedotecas e espaços similares estarão autorizadas a abrirem totalmente.
O comitê definiu que os escritórios podem funcionar em horário comercial respeitando o calendário de vacinação definido pelo Plano Nacional de Imunização (PNI).
Comprovante de vacina
Passa a ser necessário apresentar teste RT-PCR negativo para Covid-19 e comprovante de vacinação para hospedagem em hotéis de selva, similares e em comunidades tradicionais. Balneários estarão liberados para funcionar entre as 7h e as 18h.
A abertura de academias será permitida a partir das 5h até a meia-noite com 50% da capacidade de ocupação.
As aulas coletivas nesses estabelecimentos são permitidas respeitando o distanciamento e as demais medidas não farmacológicas.
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Indicadores em queda
Números apresentados pelo Comitê de Crise Institucional, por meio da Secretaria de Estado de Saúde (SES-AM) e Fundação de Vigilância em Saúde do Amazonas Dra. Rosemary Costa Pinto (FVS-RCP ), registram queda em diversos indicadores relacionados à doença tanto na capital quanto interior.
Conforme os dados do início deste mês, a ocupação em leitos clínicos está em 31%, enquanto leitos de UTI registram 46% em pacientes internados, sendo que os indicadores continuam diminuindo: há duas semanas, o número de pessoas internadas em leitos clínicos caiu 17%, e em UTI, 71%.
Entre junho e julho, o monitoramento da SES-AM também apontou uma queda no número de óbitos pela doença.
Em julho, foram registrados 133 óbitos, uma queda de 13,63% em comparação a junho, quando foram contabilizadas 154 mortes.
Assistência não cessa
De acordo com a secretária adjunta de Políticas de Saúde da SES-AM, Nayara Maksoud, a rede de assistência permanece organizada, apesar da diminuição da demanda causada pelo vírus. Os trabalhos neste momento, segundo ela, são articulados para demandas não covid.
“Grande parte delas permeiam as causas externas. Nós temos um grande número de acidentes automobilísticos e também por outros agravos, como cardiopatias e neuropatias, como as próprias consequências que a covid-19 trouxe”, explicou.
Internados e oxigênio
O secretário-executivo adjunto de Atenção Especializada ao Interior, Cássio Espírito Santo, destaca que, neste sábado (7) apenas 33 pacientes estão internados nos 61 municípios do Amazonas com a doença, sendo apenas 15 com o uso de oxigênio.
“Estamos com as taxas de ocupação de leitos, tanto de UCI (Unidade de Cuidados Intermediários) tanto de leitos clínicos, baixas no interior, com vários leitos a ofertar, caso seja necessário. As UCI de covid estão com taxa de ocupação de 2,45, ou seja, mais de 97% dos leitos de UCI vagos; e de leitos clínicos em 3,3, com mais de 96% de leitos clínicos disponíveis. Isso vem mostrando que as ações de vacinação que têm sido intensificadas nos municípios resultam na diminuição das internações, óbitos e novos casos”.
Foto: Diego Péres/Secom