O risco de uma terceira onda da covid-19, provocada pela variante delta, o Brasil precisa correr contra o tempo. Com isso, o país necessita acelerar e, sobretudo, equilibrar a vacinação.
Além disso, por ser considerada mais transmissível, a variante indiana exige reforço das medidas de proteção, como uso de máscara e distanciamento social.
Conforme o Metrópoles, dezessete estados têm menos de 20% da população vacinada com a segunda dose ou a dose única.
Nesse sentido, só 5 das 27 unidades da Federação aplicaram a primeira dose em mais de 50% da população.
Como resultado, os dois panoramas estão abaixo da média nacional, que registra 20,6% da população com duas doses e 51,2% com a primeira aplicação.
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Imunização
Mato Grosso do Sul (com 34,17% da população totalmente vacinada), Rio Grande do Sul (27,82%), São Paulo (23,98%) e o Espírito Santo (22,44%) são os estados que mais imunizaram.
Na contramão, Amapá (11,52%), Roraima (12,76%) e Acre (14,53%) são os que menos vacinaram. Os dados foram computados até a última sexta-feira (8).
Então, o Ministério da Saúde já distribuiu 184,8 milhões de doses. Ao todo, 149,4 milhões de unidades de imunizantes já foram aplicadas. Ou seja, entre primeira, segunda e dose única, no caso da vacina da Janssen.
Desde o início da pandemia, o país registrou 20,1 milhões de casos de covid-19 e 560 mil óbitos por complicações da doença.
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Rapidez
Por isso, o coordenador do mestrado profissional em administração do Centro Universitário Iesb e pós-doutor em Ciência do Comportamento pela Universidade de Brasília (UnB), Breno Aidad, defende mais rapidez na campanha de imunização para evitar situações como as que ocorreram nos Estados Unidos, Reino Unido e na Indonésia.
Por exemplo, nesses países, a Delta dominou as novas infecções e disparou o número de casos. Contudo, a quantidade de mortes não aumentou devido à cobertura vacinal.
“Caso a gente não avance na vacinação, teremos uma situação pior que nos Estados Unidos e Reino Unido, que já foi bem ruim”, pondera.
Dessa forma, a professora assistente de medicina no Centro Universitário de Brasília (UniCEUB), a médica infectologista Ana Helena Germoglio explica os riscos da variação do índice de vacinação.
“O grande problema é a discrepância. Tem estados com vacinação adiantada e outros nem tanto. A maior parte da nossa comunidade é com a primeira dose, protege alguma coisa, mas é pouco ante uma variante infecciosa. Temos que aumentar a comunidade com esquema vacinal completo”, avalia.
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Foto: Rovena Brasil/Agência Brasil