Presidente da Caixa usa programas sociais de olho na eleição 2022

O presidente da Caixa vem usando a estrutura da instituição para promover os programas populistas de Bolsonaro e se cacifar para as eleições de 2022

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Mariane Veiga

Publicado em: 15/09/2021 às 14:04 | Atualizado em: 15/09/2021 às 14:12

O presidente da Caixa Econômica Federal (CEF), Pedro Guimarães, abraçou de vez o bolsonarismo e vem intensificando o processo de aparelhamento político do banco público.

Conforme publica a Istoé, o objetivo é viabilizar a reeleição do presidente e dar sequência ao seu próprio projeto de disputar as eleições de 2022.

Dessa maneira, “Pedrão”, como é chamado por Jair Bolsonaro, ainda não sabe a qual cargo vai concorrer.

No entanto, ele já foi cogitado até para ocupar a vaga de vice na chapa encabeçada pelo ex-capitão.

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Existem, porém, alguns obstáculos que o afastam do cobiçado posto ao lado do chefe.

O principal é a falta de representatividade política. Caso não seja, de fato, o escolhido para o papel de vice, Bolsonaro já avisou o correligionário de que ele terá apoio para disputar uma vaga no Senado ou até o governo do Rio.

“Pedro Guimarães está deslumbrado com a proximidade que existe entre ele e o Palácio do Planalto. Há ministros que não conseguem ter o acesso que o presidente da Caixa tem a Bolsonaro”, disse um ex-integrante da cúpula do banco.

Independentemente de compor ou não a chapa de Bolsonaro, o presidente da Caixa tem se empenhado em mostrar subserviência ao presidente.

Ataques

Na semana passada, Pedro usou o banco para comprar briga com a Federação Brasileira de Bancos (Febraban) em nome do presidente.

O banqueiro também ameaçou bancos privados ligados à entidade de perderem negócios com o governo federal, caso assinassem o manifesto da entidade clamando pela harmonia entre poderes.

“Pedrão” ganhou pontos com o mandatário, mas sua atitude não pegou bem na instituição.

De acordo com avaliação intitucional, o banqueiro faz uma gestão meramente política, classificada por muitos como “nociva” aos interesses do banco.

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Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil