Mães de crianças autistas pedem prisão de fisioterapeuta por maus-tratos

A profissional aparece em vários vídeos praticando maus-tratos durante terapia ocupacional com crianças autistas em um clínica particular de Manaus

Mães de crianças autistas pedem prisão de fisioterapeuta por maus-tratos

Ferreira Gabriel, da Redação do BNC Amazonas

Publicado em: 08/10/2021 às 13:11 | Atualizado em: 08/10/2021 às 13:11

Em manifestação nesta sexta-feira (8), em frente ao 22º DIP ( Distrito Integrado de Polícia), mães e pais de crianças com espectro autista pediam prisão da fisioterapeuta Samia Patricia Riatto Watanabe, de 44 anos.

A profissional de saúde aparece em vários vídeos praticando maus-tratos durante terapia ocupacional com crianças autistas em um clínica particular de Manaus. Pelas ações Samia foi indiciada pela Polícia Civil, mas responde em liberdade. O caso foi encaminhado à Justiça do Amazonas.

A princípio, o caso veio a tona quando uma mãe de um menino autista de 8 anos pediu imagens de uma câmera de segurança, e descobriu as agressões. Em depoimento à polícia, a fisioterapeuta negou as acusações. Ela também foi desligada da empresa onde trabalhava.

Imagem de câmera de segurança de agressões da fisioterapeuta

Durante manifestação , uma das mães que manifestavam em frente a delegacia clamava por Justiça e pedia a prisão de Samia.

“Eu quero vê essa mulher presa, e eu não vou ficar calada até vê essa mulher presa. Podem inventar história, podem inventar o que for. A minha filha só tem quatro anos, ela é autista. Ela não estava lá na terappia, porque ela queria […] é porque ela precisava. Então a gente quer justiça hoje”, desabafou.

Sobre o custo de tratamento de uma criança, ela disse que “dá pra comprar mais de uma casa. Em média, por mês, a gente gasta num tratamento de uma criança com autismo de 10 a 15 mil reais, e não via nenhuma melhora”.

A mãe de uma das vítimas disse que não desconfiava dos maus-tratos, mas notava que a sua filha voltada da terapia para casa sempre com fome. Ela disse que sempre “mandava mais lanche”, mas a filha sempre estava com fome. “Agora vendo os vídeos, a Samia comia, a comida dela”, disse.

Além disso, a mãe relatou que “na imagem da minha filha, ela é muito agressiva, o tempo todo, além de não fazer terapia, de arrastar ela pelo braço”.

Com informações do G1

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Foto: Ronaldo Siqueira/exclusivas para o BNC Amazonas