Os ex-candidatos à Presidência da República Ciro Gomes (PDT) e Marina Silva (Rede) usaram suas redes sociais nesta quinta-feira (25) para culpar o presidente Jair Bolsonaro pela invasão de garimpeiros no rio Madeira, em Autazes.
Adversários de Bolsonaro nas eleições de 2018, eles afirmaram que a política implementada por Jair Bolsonaro é de desmonte e autorização de crimes ambientais.
Bolsonaro é um dos maiores defensores, por exemplo, da mineração em terras indígenas. Essa postura tem servido como incentivo ao garimpo ilegal na Amazônia.
Ciro Gomes diz que há um garimpo ilegal a céu aberto no Amazonas. “Mais um gravíssimo crime ambiental na conta de Bolsonaro. Neste momento, centenas de balsas e dragas estão destruindo o rio Madeira com a exploração ilegal de ouro. A crise ambiental definitivamente é um projeto de governo!”, criticou.
Marina Silva também culpou o presidente. “Trezentas embarcações atracadas no rio Madeira é uma situação fora de controle. É uma expressão do que a atitude conivente do próprio presidente Bolsonaro autoriza: o crime ambiental de várias modalidades”, postou no Twitter.
De acordo com ela, é preciso uma ação imediata e contundente para impedir que ocorra uma contaminação irreparável do rio, peixes e pessoas, nesta geração e nas próximas. “Não só os brasileiros conscientes, mas a população do planeta pede pela Amazônia”, lamentou.
Além de Ciro e Marina, ex-deputada Manuela D´Ávila (PCdoB), candidata a vice-presidente na chapa com Fernando Haddad (PT) em 2018, avaliou a invasão de garimpeiros como dramática.
“Centenas de dragas e balsas de garimpo ilegal de ouro invadem o rio Madeira neste momento. A situação ambiental do Brasil é dramática e isso tudo é parte do projeto genocida de Bolsonaro!”, disse.
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Repercussão
A invasão de garimpeiros no rio Madeira também foi assunto de destaque nesta quinta na Câmara dos Deputados.
“Conversamos hoje com o Instituto de Proteção Ambiental e com vários órgãos, para saber das providências tomadas, porque aquele garimpo surgiu agora, no meio do rio. Há uso intenso de mercúrio”, discursou na tribuna o deputado José Ricardo (PT).
Ele explicou que a formação de pepitas necessita de muito mais mercúrio. “Grandes impactos ambientais estão previstos, e isso é um perigo para a saúde da população”, advertiu o deputado, que pediu ação de vários órgãos federais na repressão ao garimpo ilegal.
O líder da Oposição na Câmara, Alessandro Molon (PSB-RJ), diz que o meio ambiente está em alto risco.
“Em áudio, criminosos falam em montar um ‘paredão’ de balsas contra fiscalização. Absurdo! Cenas do Brasil do governo Bolsonaro e seu projeto de destruição”, escreveu no Twitter.
“Assustador! O rio Madeira, na Amazônia, foi tomado por balsas e dragas de garimpo ilegal. Resultado de 3 anos de incentivo por parte do governo Bolsonaro à barbárie da ganancia sem limites do #GarimpoIlegal”, postou o deputado Ivan Valente (Psol-SP).
O deputado Zeca Dirceu (PT-PR) também culpou o presidente. “Mais um crime ambiental de Bolsonaro. Garimpo ilegal de ouro no rio Madeira é escancarado, governo não faz nada, ajudem a denunciar ao Ministério Público”, protestou.
Foto/vídeo: Silas Laurentino/exclusivo para BNC Amazonas