Deputado do AM manifesta voto contrário à reforma administrativa
Átila Lins não vê necessidade de debater nem votar a PEC 32 e sugere adiamento para 2023

Da Redação do BNC Amazonas em Brasília
Publicado em: 14/12/2021 às 15:52 | Atualizado em: 14/12/2021 às 18:54
O deputado federal Átila Lins (Progressistas-AM) veio a público se defender das críticas e acusações sobre sua posição e voto na PEC (proposta de emenda à Constituição) 32/2020, que trata da reforma administrativa.
Ao contrário do que se tem falado, de que é favorável à reforma ou não se posiciona a respeito, Lins disse que tem defendido junto a bancada do partido Progressistas, o adiamento da discussão e apreciação da reforma administrativa para 2023.
“Essa é uma reforma que está gerando muitos conflitos, que podemos evitar, dando mais tempo para estudar melhor o seu texto. A intolerância política que se observa no país não pode ser aumentada, com mais esse item – reforma administrativa – que pode ser evitada no momento de pré-campanha eleitoral que estamos vivendo”, disse Lins.
Na visão do decano da bancada, é preciso distender, buscar o entendimento necessário principalmente nesse momento de crise sanitária, econômica e social por que passa o país.
“Sou contrário à reforma administrativa que mexa com os direitos dos servidores públicos, mesmo para os futuros servidores. Não quero criar duas classes de servidores, com a mesma atribuição, uns com direitos e outros sem direitos. Não advogo incluir servidores dos três poderes, sem o aval destes poderes. Aprovar um projeto dessa forma é criar nova crise”, argumentou.
Além disso, Lins não vê necessidade de se discutir ou até mesmo votar a PEC 32 especialmente porque ele não percebe interesse do presidente Bolsonaro com a reforma.
“Tenho a impressão que é mais uma proposta da área econômica, leia-se Paulo Guedes e sua equipe, pensando muito na sua política liberal em detrimento da tranquilidade dessa importante categoria de trabalhadores. Vou logo avisando: não contem comigo”, disse.
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