Variantes delta e ômicron detonam nova onda de covid no Reino Unido

No início da semana, já levara o primeiro-ministro a advertir para um “maremoto” de infecções.

delta e ômicron

Da Redação do BNC Amazonas

Publicado em: 16/12/2021 às 17:05 | Atualizado em: 16/12/2021 às 17:05

As variantes delta e ômicron detonam uma nova onda de casos sem precedentes, no Reino Unido.

Com isso, ontem (15), registrou 78,61 mil infecções, o maior número diário desde o início da pandemia.

Por isso, o primeiro-ministro britânico, Boris Johnson, apelou à população para que evite a excessiva socialização antes do Natal.

Segundo a Agência Brasil, a França já retomou restrições para viajantes do Reino Unido.

Por exemplo, o número de casos confirmados de infecção pelo SARS-Cov-2 ultrapassa em 10 mil o máximo atingido em janeiro deste ano.

Desde o início da pandemia, o Reino Unido, com uma população de cerca de 67 milhões de pessoas, notificou mais de 11 milhões de casos e mais de 146 mil mortes.

Variantes

Na origem desse aumento acentuado está, segundo as autoridades britânicas, a combinação entre as variantes delta e ômicron.

Dessa forma, no início da semana, já levara o primeiro-ministro a advertir para um “maremoto” de infecções.

Boris Johnson voltou a dirigir-se à população para pedir muita cautela na socialização. Ele rejeitou, no entanto, o fechamento de bares e restaurantes.

O professor Chris Whitty, responsável pela saúde pública do Reino Unido, disse: “Pensem bem antes de ir”.

Ao lado do primeiro-ministro, Chris Whitty apelou, por sua vez, aos britânicos para que evitem “misturar-se com pessoas” desnecessariamente.

Traçou também o prognóstico de novos máximos de infecções, à medida que a variante ômicron se propaga.

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Reinfeções

A Agência de Segurança da Saúde do Reino Unido vai começar a incluir as reinfecções nos seus boletins epidemiológicos diários.

Whitty afirmou que o país enfrenta “duas epidemias”: a primeira, da variante ômicron, “que cresce muito rapidamente”, e a segunda da variante delta.

A ômicron, destacou o médico britânico, está evoluindo em ritmo fenomenal:

“Temo que tenhamos de ser realistas quanto aos recordes que serão batidos nas próximas semanas”.

Chris Whitty admitiu que a comunidade científica ainda não dispõe de todos os dados sobre hospitalizações, doença severa e mortes por conta da ômicron.

Contudo, lembrou que o que já se sabe é mau. “Não se misturem”

Por conseguinte, Whitty aconselhou o público a dar prioridade a eventos e celebrações “que realmente interessem”.

Ou seja, uma vez que é elevado “o risco de infecção” em eventos sociais desnecessários.

Natal

O primeiro-ministro britânico insistiu na ideia de que o Natal deste ano será “consideravelmente melhor” do que o de 2020.

Isto é, já que o governo não está, no momento, contemplando a possibilidade de medidas reforçadas de confinamento.

A chefe executiva da Agência de Segurança da Saúde, Jenny Harries, referiu-se à variante ômicron como “provavelmente a ameaça mais significativa” desde o advento da pandemia.

Harries estimou a um grupo de parlamentares:

“Os números das próximas semanas serão espantosos, comparados com o ritmo de crescimento de casos visto nas variantes anteriores”.

E, portanto,  admitiu que o serviço público de saúde pode estar em “sério perigo” com a ômicron.

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Quinta onda

Diante da ameaça de uma quinta onda, o governo francês decidiu endurecer as regras de entrada em seu território para viajantes do Reino Unido.

“Vamos adotar um controle ainda mais drástico do que aquele que existe hoje”, anunciou nesta quinta-feira o porta-voz do Executivo, Gabriel Attal.

“Vamos reduzir a validade do teste para entrar na França. Era, até agora, de 48 horas, passa a ser de 24 horas”, disse.

Ao mesmo tempo, a França vai limitar os motivos que permitem viajar do Reino Unido para França”.

Dessa maneira, serão também limitadas as viagens “de turismo ou profissionais para pessoas que não são residentes na França.

Foto: Roque de Sá/Agência Senado