Professores amazonenses querem de volta a fala do nheengatu na região

Idioma já foi uma das mais mais faladas do Brasil e do Mundo, mas foi reprimida por Portugal no século 18

Nheengatu capa para matéria do BNC AMAZONAS

Da Redação do BNC AMAZONAS

Publicado em: 20/01/2022 às 05:24 | Atualizado em: 20/01/2022 às 16:36

O nheengatu, originária do tupi antigo, ou língua geral como ainda é conhecida hoje por povos indígenas da Amazônia, que parecia extinta, está mais viva do que se podia imaginar.

Não apenas viva, mas reivindicando mais espaço para o idioma nas aldeias, na academia e na internet.

No espaço virtual já há até o Nheengatu App e o Projeto Motorola para que todos os emastphones da empresa contem entre suas opções de língua.

Essas informações são da jornalista Roberta Jansen. 

Elas foram publicadas em reportagem desta quinta-feira, 20, do jornal O Estado de S.Paulo.

Ela mostra o esforço de professores amazonenses que criaram a Academia da Língua Nheengatu para dar vida ao idioma indígena.

História

Ela lembra que a língua geral remonta ao século 17 e à odisseia dos tupinambás.

Esses eram índios que viviam no literal do Nordeste, fugiram para o Maranhão com a pressão dos colonizadores e, como nação dominante no Brasil dessa época, impuseram sua língua às demais etnias que viviam no interior da Amazônia, especialmente nas margens do rio Amazonas.

Repressão

Roberta Jansen lembra também que esse idioma sofreu forte repressão de Portugal, no século 18, por causa de sua luta por terras com a Espanha.

“Para garantir posse dos territórios, era preciso demonstrar que a língua falada na Amazônia era o Português”, diz a reportagem.

De acordo com o Estadão, há estimativa de que cerca de 20 mil a 30 mil pessoas dominem esse idioma atualmente.

Foto: Reprodução/Canal YouTube/MOPC Linguística