Acontecimento de grande repercussão nacional em de março de 1984, o julgamento de Lula em Manaus, pela ditadura militar, teve um barraco protagonizado por duas celebridades da época.
Fafá de Belém e a falecida atriz Dina Sfat travaram uma acalorada discussão sobre quem deveria comandar a luta pela abertura democrática no país.
Fafá defendia o MDB; Dina, o PT.
Foi preciso a turma do deixa disso intervir no debate para que elas não se tocassem.
Mas isso aconteceu quando políticos e artistas se reuniram no Sindicato dos Metalúrgicos, para comemorar a absolvição de Lula e mais quatro companheiros, entre os quais Chico Mendes, que viria a ser assassinado em dezembro de 1988.
Eles haviam sido enquadrados pela Lei de Segurança Nacional por “apologia à vingança”, “incitamento à luta armada” e à “luta pela violência entre as classes sociais”.
Foi resultado de um discurso feito por Lula, meses antes no Acre, para trabalhadores rurais.
O bastidor dessa história é um dos tantos que foram reunidos pelo ex-senador João Pedro (PT) livro “Nossas Utopias”, escrito em seu isolamento imposto pela pandemia da covid-19.
Além dessa passagem, ele fala também da vinda de Mercedes Sosa a Manaus e do show que ela fez no Teatro Amazonas em sua pela democracia na América Latina.
João também fala da luta pela meia passagem dos estudantes em Manaus e da campanha que levou à chegada do líder sindical petista à Presidência da República em 2002.
Foto: Arquivo/GGN – Jacó Bittar e Lula em audiência em Manaus em 1984 devido aos incidentes no Acre quatro anos antes