A crise Rússia e Ucrânia e o potássio do AM, o que tem a ver?

O preço do cloreto de potássio saltou de R$ 1.317,00 (01/01/2021) para R$ 4.204,20 (28/01/2022). O Amazonas continua com seu mineral enterrado

Potássio mineral encontrado em abundância no Amazonas

Neuton Corrêa, do BNC AMAZONAS

Publicado em: 02/02/2022 às 06:16 | Atualizado em: 02/02/2022 às 06:36

Parece nada a ver, mas o Amazonas pode estar perdendo um negócio de bilhões com a crise envolvendo a Rússia e a Ucrânia.

A ameaça de sanções a Moscou pelos EUA para tentar conter uma possível guerra na Europa pode ser mais do que um sinal de que passou da hora do Brasil começar a explorar o potássio do Amazonas.

O Estado possui a maior reserva do país do mineral.

Mas, aqui, o fertilizante agrícola, segue enterrado no subsolo.

Já há mostra de que ele é encontrado em abundância em Autazes, Itacoatiara e Itapiranga.

Também já há uma empresa, a Potássio do Brasil, pronta para retirá-lo, mas a burocracia tem adiado a extração.

Acontece que a crise Rússia e Ucrânia pode afetar a venda global do potássio, porque os russos são um dos maiores produtores mundiais do produto.

É que, sob sanção, a Rússia não poderá exportar o mineral.

A consequência imediata disso poderá a ser disparada dos preços dos alimentos.

Preço

Para se ter uma ideia, em reais, o valor do preço do cloreto de potássio saltou de R$ 1317,00 (na cotação do dia 01/01/2021) para R$ 4.204,20 (na cotação do dia 28/01/2022). Isso representa um aumento de 219,23%.

Nesse sentido, o potássio amazonense poderá ser, literalmente, a salvação da lavoura.

Foto: Reprodução/Internet/racismoambiental