TCU aprova fase decisiva para a privatizaĂ§Ă£o da EletrobrĂ¡s

Os termos aprovados pelo tribunal, na avaliaĂ§Ă£o do governo, nĂ£o impedem a privatizaĂ§Ă£o da estatal, como temiam integrantes do MinistĂ©rio da Economia e do MinistĂ©rio de Minas e Energia.

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Publicado em: 15/02/2022 Ă s 19:44 | Atualizado em: 15/02/2022 Ă s 19:45

O Tribunal de Contas da UniĂ£o (TCU) aprovou, nesta terça-feira (15), a primeira e mais importante fase do processo que analisa Ă  privatizaĂ§Ă£o da EletrobrĂ¡s, que o governo pretende realizar atĂ© maio deste ano.

Inicialmente, foram seis votos a favor da posiĂ§Ă£o do governo e uma manifestaĂ§Ă£o contrĂ¡ria. Ao fim da sessĂ£o, o ministro Vital do RĂªgo mudou o voto contrĂ¡rio ao governo, consolidando assim sete votos a favor e nenhum contra.

Apenas sete ministros votam neste processo, mesmo o TCU sendo composto por nove ministros. A presidente da Corte, Ana Arraes, estĂ¡ de fĂ©rias. Em seu lugar, o ministro Bruno Dantas sĂ³ vota em caso de empate, o que nĂ£o ocorreu.

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Os termos aprovados pelo tribunal, na avaliaĂ§Ă£o do governo, nĂ£o impedem a privatizaĂ§Ă£o da estatal, como temiam integrantes do MinistĂ©rio da Economia e do MinistĂ©rio de Minas e Energia.

No total, o governo calculou em R$ 67 bilhões os valores relacionados Ă  privatizaĂ§Ă£o. Desse valor, R$ 25,3 bilhões serĂ£o pagos pela EletrobrĂ¡s privada ao Tesouro Nacional pelas outorgas das usinas hidrelĂ©tricas que terĂ£o os seus contratos alterados. 

SerĂ£o destinados ainda R$ 32 bilhões para aliviar as contas de luz a partir deste ano por meio do fundo do setor elĂ©trico, a Conta de Desenvolvimento EnergĂ©tica (CDE).

Outros R$ 2,9 bilhões serĂ£o destinados para bancar a compra de combustĂ­veis para a geraĂ§Ă£o de energia na regiĂ£o Norte no paĂ­s, onde algumas cidades nĂ£o sĂ£o ligadas ao sistema nacional de energia.

O restante serĂ¡ destinado para revitalizaĂ§Ă£o de bacias hidrogrĂ¡ficas do Rio SĂ£o Francisco, de rios de Minas Gerais e de GoiĂ¡s, e para a geraĂ§Ă£o de energia na AmazĂ´nia.

PrecificaĂ§Ă£o

As discussões do tribunal nesta terça giram em torno desse valor total, ao analisar os parĂ¢metros de preço das outorgas. Ou seja, quanto vale as hidrelĂ©tricas que serĂ£o concedidas junto com a estatal. Para o mercado, o valor de R$ 67 bilhões jĂ¡ estĂ¡ alto e qualquer reavaliaĂ§Ă£o para cima pode inviabilizar o processo. Por isso, a mudança nesse valor preocupava o governo.

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