TCU aponta “fraude robusta” em fornecimento de cloroquina ao Exército

Fraudes teriam ocorrido em 26 licitações entre os anos 2018 e 2021. Sulminas também não se encaixa em categoria "baixo porte"

Norte foi destino para a cloroquina

Mariane Veiga

Publicado em: 18/02/2022 às 11:25 | Atualizado em: 18/02/2022 às 19:09

Um relatório do Tribunal de Contas da União (TCU) enxerga “indício robusto de fraude” em licitações da empresa contratada pelo Exército Brasileiro para comprar sal difosfato, utilizado na produção da cloroquina.

O medicamento foi amplamente produzido pela instituição durante parte da pandemia de covid, com incentivo do presidente Jair Bolsonaro (PL).

O documento obtido pela Folha de SP aponta que as fraudes teriam ocorrido em 26 licitações entre 2018 e 2021, sendo 24 delas no governo Bolsonaro.

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Em um dos pregões, a Sulminas, empresa em questão, passou a participar do fornecimento de insumos para a produção de comprimidos de cloroquina do Laboratório Químico Farmacêutico do Exército.

O TCU começou a investigação pela suspeita de superfaturamento na produção do fármaco pelas Forças Armadas. Apesar de ter participado dos pregões voltados para pequenas empresas, o tribunal aponta que a Sulminas não se enquadra na categoria.

Dentro das 26 licitações nas quais participou, em 15 a Sulminas saiu vencedora. A companhia forneceu material para órgãos públicos como a Marinha, a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) e a Aeronáutica.

“O grupo está à disposição das autoridades para prestar qualquer esclarecimento que se faça necessário”, afirmou a empresa, que ressaltou ter cumprido “requisitos de qualidade técnica e analítica necessários”.

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Foto: Reprodução