A vantagem é pequena, de 0,7%, mas é muito simbólica para os aliados do pré-candidato à Presidência da República Lula da Silva (PT). Isso porque, além de reverter 3,0% negativos que tinha há pouco mais de dois meses, o petista quebra a hegemonia do adversário Jair Bolsonaro (PL) na intenção de voto do amazonense.
Hoje, 8 de março, pesquisa da empresa Perspectiva Mercado e Opinião, de Durango Duarte, aponta que Lula pulou de 33% em 27 de dezembro para 37,5%. Bolsonaro, que liderou estudo anterior, perdeu nesse período 0,8 ponto percentual.
Da leitura desses números, depreende-se que Bolsonaro marcou passo na intenção de voto, com ligeira perda, enquanto Lula viu a preferência por seu nome subir 4,5 pontos percentuais.
Em síntese, esse é o principal resultado pela segunda pesquisa Perspectiva para a Presidência.
Demais desempenhos
Embora se mantenha na terceira posição, o ex-juiz Sérgio Moro (Podemos) perdeu força, segundo a pesquisa. Em dezembro, ele tinha 8,4% e agora caiu para 6,6%.
De qualquer forma, ainda tem desempenho melhor do que o ex-ministro Ciro Gomes (PDT). Ele se manteve na casa dos 4%, crescendo 0,3 ponto percentual.
Os demais pré-candidatos, como Simone Tebet (MDB), João Dória (PSDB), André Janones (Avante) e outros não passam de 1%.
Segundo turno
No embate mais provável, em caso de haver segundo turno, entre Lula e Bolsonaro , o petista sairia vencedor. Conforme a Perspectiva, por uma diferença de 2,7%.
Contudo, ainda há em jogo um número alto de eleitores que declararam anular, votar em branco ou ainda que não escolheu o destino de seu voto. Esse universo era de 18,3% em dezembro e agora é de 14,3%.
Na simulação do líder da pesquisa com o terceiro colocado, Lula venceria Moro por 44% a 30%.
Agora, havendo uma reviravolta no que vêm apontando todas as pesquisas no país, e Bolsonaro dispute a Presidência com seu ex-ministro Moro, o liberal venceria.
De acordo com a pesquisa, com folga: 41,6% a 28,2%.
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Dados da pesquisa
Conforme a Perspectiva, sua pesquisa própria está registrada no TSE/TRE com AM-00400/2022. De 23 de fevereiro a 4 de março, 3.600 eleitores foram entrevistados. Desses, 1.990 em Manaus e os demais 1.610 nos principais colégios eleitorais do interior do Amazonas.
A margem de erro máxima para os números apresentados na pesquisa é de dois pontos percentuais, para mais ou para menos. O grau de confiabilidade afiançado pela pesquisadora é de 98,4%.
Foto: reprodução/Perspectiva