Moro admite que pode “não concorrer a nada” nas eleições 2022

Ex-presidenciável afirmou ter avaliado que apenas seu "capital político" não seria suficiente para vencer as eleições

Moro diz que eleição sem ele o brasileiro só escolheria cor do caixão

Ferreira Gabriel

Publicado em: 20/04/2022 às 11:03 | Atualizado em: 20/04/2022 às 11:04

O ex-ministro da Justiça e agora ex-presidenciável Sergio Moro declarou, em entrevista à CNN nesta quarta-feira (20), que pode “não concorrer a nada” nas Eleições 2022 — decisão que se encontraria com seu desejo de atuar em prol da construção do “centro democrático”, afirmou.

“Me coloquei numa situação de desprendimento para a união nacional, para vencer extremos. Não está descartada nenhuma situação, posso inclusive não concorrer a nada. Não vivo da política, estava fora do Brasil e voltei para ajudar na construção de algo que possa vencer extremos políticos”, disse o ex-juiz.

Moro ainda explicou que a retirada de seu nome da pré-candidatura à Presidência da República, causada após saída do Podemos para o União Brasil e a definição de Luciano Bivar como nome do partido para disputar o Planalto, se deu após avaliação de que “somente com capital político” a eleição não estaria resolvida.

“O União Brasil definiu o Luciano Bivar como pré-candidato à Presidência e a partir daí tenta construir esse centro, para que ele possa chegar junto com forças, com estrutura partidária, tempo de TV, recursos financeiros”, continuou. “Eu vim para ajudar a construir esse centro. Qual vai ser o meu papel, isso é algo que está em definição”.

“Eu somente com meu capital político não daria certo, daí a necessidade de fazer um movimento. Todo mundo cobrava dos candidatos da terceira via esse desprendimento. Ninguém recuava e fazia nada, e essa situação permanece. A gente tem que construir algo diferente”, opinou.

Mesmo assim, Moro rejeitou a ideia de que tenha “desistido” oficialmente da candidatura, dizendo que seu objetivo principal é de “gerar condições necessárias para vencer a polarização”.

A saída do Podemos, afirmou, se deu como um “movimento necessário” para “um projeto político maior”, explicou, apesar de também lamentar “os dissabores” causados ao partido pela saída repentina.

Mesmo assim, Moro rejeitou a ideia de que tenha “desistido” oficialmente da candidatura, dizendo que seu objetivo principal é de “gerar condições necessárias para vencer a polarização”.

saída do Podemos, afirmou, se deu como um “movimento necessário” para “um projeto político maior”, explicou, apesar de também lamentar “os dissabores” causados ao partido pela saída repentina.

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