TCU, na surdina, revela farra de Bolsonaro com dinheiro público
O presidente da República tem usado cartão corporativo para bancar suas mordomias desde que tomou posse

Publicado em: 03/06/2022 às 17:36 | Atualizado em: 03/06/2022 às 17:36
Auditoria realizada pelo Tribunal de Contas da União (TCU) constatou, segundo a Veja, farra do presidente Jair Bolsonaro (PL) com gastos que chegam a R$ 21 milhões nos cartões corporativos. Os custos de Bolsonaro são pagos com dinheiro público. Os números representam os gastos entre janeiro de 2019, início de seu mandato, e março de 2021.
Os auditores do TCU vasculharam arquivos dos recursos destinados a custear despesas de caráter secreto pagas com cartões corporativos, chamados de suprimento de fundos.
Bolsonaro gastou R$ 2,6 milhões neste período somente com comida para abastecer sua residência oficial, o Palácio da Alvorada, e a do vice-presidente, Hamilton Mourão (Republicanos), o Palácio do Jaburu. Em média, foram gastos R$ 96,3 mil por mês. Não se sabe quais alimentos foram comprados.
O valor ultrapassa o que foi gasto durante a gestão do ex-presidente Michel Temer (MDB) durante os últimos dois anos de mandato: R$ 2,33 milhões.
O valor gasto por Bolsonaro com combustível foi de R$ 420,5 mil, 170% a mais do que foi gasto por Temer.
Com viagens, Bolsonaro desembolsou R$ 16,5 milhões em hospedagem, fornecimento de alimentação e apoio operacional.
O TCU também concluiu que ministros utilizaram o avião presidencial para curtir feriados fora de Brasília ou assistir a partidas de futebol em São Paulo e no Rio de Janeiro. Entre os envolvidos estão Paulo Guedes (Economia), Fábio Faria (Comunicações), Augusto Heleno (Gabinete de Segurança Institucional) e Luiz Eduardo Ramos (Secretaria-Geral da Presidência).
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Foto: Clauber Caetano/Presidência da República