‘Evangélicos com Bolsonaro são comercializadores’, detona Daciolo

Sobre a relação do candidato à reeleição com igrejas evangélicas, Cabo Daciolo diz que está longe de Cristo estar presente

Evangélicos - Bolsonaro

Aguinaldo Rodrigues, da Redação do BNC Amazonas

Publicado em: 20/06/2022 às 10:42 | Atualizado em: 20/06/2022 às 10:42

Cabo eleitoral da campanha de Ciro Gomes (PDT) a presidente da República, o Cabo Daciolo fez duras críticas aos evangélicos que apoiam Bolsonaro. Sua visita a Manaus é também para dar força às candidaturas de Carol Braz a governadora do Amazonas e de Luiz Castro a senador.

Em entrevista ao jornalista Ronaldo Tiradentes, no programa “Manhã de Notícias” desta segunda (20), o ex-deputado avaliou a oitava visita de Bolsonaro a Manaus.

Dessas, em pelo menos cinco vezes o candidato à reeleição participou de agenda de igrejas evangélicas, principalmente da Assembleia de Deus.

Daciolo, contudo, não crê que Deus está presente nessa relação. “Este governo está longe de ser seguidor de Jesus Cristo, mas muito longe. Está mais para o lado de Bahal, do bode, do que de Jesus”.

Ele apontou a bancada evangélica de apoio a Bolsonaro como a sua maior decepção no Congresso Nacional.

“Não é um grupo de seguidores de Jesus. É seguidor de Anás e Caifás. São ‘comercializadores do templo’, que pegam tudo do povo e enchem seus bolsos, compram mansões, fazendas, iates. Mas, desses aí o Criador vai tratar com eles”.

E deu nome a esses apoiadores do presidente que exploram a fé e boa vontade dos seguidores evangélicos, de acordo com o político.

“Esse discurso de Bolsonaro com a cúpula dessa igreja [Assembleia de Deus], que não é a única de apoio a Bolsonaro, tem também a de Malafaia, Manoel Ferreira, Macedo, Abner, comercializadores da palavra de Deus, que pedem dinheiro o tempo todo do povo, que andam com seguranças, preocupados porque estão acumulando tesouros na terra”.

Como forma de provar que os atos de Bolsonaro não tem nada com os de um cristão, portanto, Daciolo cita a fome no Brasil.

“Como pode uma liderança da nação ver seu povo passando fome e não fazer nada?”.

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O que Daciolo pensa da facada de Bolsonaro em 2018 

Vendido aos americanos

Perguntado sobre o modo de ser de Bolsonaro, de quem esteve próximo de 2014 a 2018, na Câmara dos Deputados, Daciolo diz quando foi que ele mudou.

“Foi após uma reunião com a família Rockefeller, em 2017. Ele sempre foi contra privatização da Eletrobrás, Petrobrás…”, afirmou.

Como resultado desse encontro, Daciolo lembra que Bolsonaro bateu continência para a bandeira dos Estados Unidos. 

E em seguida entregou a base de lançamento de foguetes de Alcântara (PE) aos Estados Unidos.

“Hoje vivemos como colônia do capital internacional”, conforme Daciolo.

Nesse aspecto, sobretudo, destaca o papel do ministro da Economia de Bolsonaro. Ele se refere a Paulo Guedes como um espião dentro da nação, banqueiro e entreguista do país.

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Foto: BNC Amazonas