Agricultura nordestina quer maquinário chinês em pequenas lavouras

Os grandes produtores agrícolas se modernizam, com máquinas cada vez mais complexas, a pequena lavoura no Brasil ainda é praticamente manual

Agricultura nordestina quer maquinário chinês em pequenas lavouras

Publicado em: 24/06/2022 às 11:18 | Atualizado em: 24/06/2022 às 11:18

A agricultura nordestina ainda conta com a ajuda de animais em pequenas lavouras. Mas isso pode estar com os dias contados.

Nesse sentido, uma tentativa de driblar essa questão, técnicos da região iniciaram tratativas para assinar um memorando de entendimento com a embaixada da China.

A inciativa ocorreu durante primeira Feira Nordestina da Agricultura Familiar e Economia Solidária do Consorcio Nordeste (FENAFES), em Natal (RN).

Segundo o Uol, os grandes produtores agrícolas se modernizam, com máquinas cada vez mais complexas, a pequena lavoura no Brasil ainda é praticamente manual.

Um levantamento do Centro Agropecuário de 2017 apresenta que no país, apenas 12% da agricultura familiar é mecanizada

Por exemplo, sendo que a maior parte está no Sul, com 44%, segundo o Censo Agropecuário de 2017. Já nos Estados do Nordeste, esse porcentual é bem menor, de 1,3%.

Por isso, a intenção é criar uma cooperação entre universidades, empresas e os governos para adaptar maquinários chineses voltados para agricultura familiar às condições brasileiras.

Dessa forma, posteriormente, adquirir esses equipamentos, por meio de políticas públicas estaduais voltadas para essa área.

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Falta de maquinário

De acordo com a publicação, o subsecretário do Consórcio do Nordeste, Diego Pessoa Gomes, afirmou que a falta de maquinário para agricultura de pequeno porte dificulta a produção. Além de que colabora até com o êxodo de jovens do campo.

“Esse processo de mecanização tem a perspectiva de melhorar a qualidade de vida do homem no campo, diminuir o êxodo rural da juventude que, hoje, muitas vezes não quer ficar porque é um trabalho demasiadamente pesado”, afirma Gomes.

Na observação dele, com algumas máquinas é possível fazer o trabalho de 15 dias em apenas um.

Ao mesmo tempo, para o presidente da Emater (Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural) do Ceará, Antonio Amorim, as lavouras de pequeno porte do Nordeste e do Brasil ainda estão muito atrasadas quando se trata de maquinário.

“Há uma imensa dificuldade de acesso às máquinas pelos pequenos agricultores no Brasil. Se pegarmos aqui o Sul do Brasil, tem peças lá que já são de museu e que nós nem chegamos a conhecer aqui”, diz.

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Foto: Reprodução