Os deputados federais Capitão Alberto Neto (PL) e Marcelo Ramos (PSD), da bancada do Amazonas, deram interpretações diferentes sobre o assassinato do guarda municipal Marcelo Arruda, tesoureiro do PT em Foz do Iguaçu (PR).
Ele foi atingido por disparo de arma de fogo do policial federal penal Jorge José Guaranho que invadiu a festa de aniversário da vítima gritando palavras de ordem de apoio a Bolsonaro. Na troca de tiros, o bolsonarista sobreviveu.
Para Ramos, o caso foi motivado pelo discurso de ódio estimulado por Bolsonaro.
“Um ambiente perigoso para a democracia e para a vida das pessoas. A intolerância e o desamor são alimentos desse governo”, afirmou.
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“Um bolsonaristas desses insanos invadiu a festa de aniversário de um militante de Lula e atirou no aniversariante, por intolerância política, mesmo com os apelos da sua esposa para que não fizesse isso. O outro reagiu em defesa da sua família”, afirmou Ramos.
À rádio CBN, Alberto Neto diz que o presidente foi claro na sua manifestação ao repudiar qualquer tipo de violência política.
“Ele não quer eleitor violento. Não faz questão desse tipo de eleitor, que usa da violência em prol do seu candidato, porque ele sofreu isso em 2018”, lembrou o parlamentar, que é vice-líder do governo na Câmara.
Facada
O deputado governista citou do episódio da facada no presidente durante a campanha eleitoral em 2018, em Juiz de Fora (MG).
“Ele sabe o terror, sua vida ficou por um fio. Ele quase perdeu sua vida por causa desse tipo de extremismo. Então ele repudia veemente esse tipo de ação”, defendeu Neto.
Ramos diz que a questão não é mais ser de esquerda ou ser de direita, ser conservador ou liberal.
“A luta agora é civilizatória. É a luta pela democracia, liberdade, tolerância, diálogo e a luta pela vida. E nessa luta só há um caminho: derrotar Bolsonaro”, disse.
Foto: redes sociais