O Polo de Eletrônicos, o setor que mais emprega e fatura na Indústria da Zona Franca de Manaus (ZFM), não deve crescer este ano.
O assunto é manchete desta terça, 12, do jornal Valor Econômico.
Em todo o país, no ano passado, o setor registrou queda de 7,2%. Para este ano, nem a Copa do Mundo anima o setor.
Para se ter ideia desse cenário nada animador, sobretudo para o Amazonas, principal fabricante nacional de TV e ar-condicionado, os números são drásticos.
No ano passado, por exemplo, a venda de televisores caiu 16% em relação a 2020. Este ano, até maio, a queda já registrou 19%.
A situação é ainda mais complicada nas vedas de ar-condicionado. Em 2021, caíram 5%. Este ano, até maio, a queda foi de 36%.
O que está acontecendo
Ontem, em São Paulo, durante a Eletrolar Show, maior evento do ramo da América Latina, os dirigentes da Associação Nacional dos Fabricantes Produtos Eletroeletrônicos (Eletros ) apresentaram explicação para esse quadro.
Eles apontaram três problemas fundamentais:
1 – Alta da inflação, hoje na casa de 12%;
2 – Perda do poder compra do brasileiro
3 – Insegurança do consumidor, por causa dos juros altos no país.
Tudo isso, concluíram os dirigentes da entidade, retrai o consumo.
Ano sem calor
No caso da venda de ar-condicionado, há variável climática. Este ano, por causa do fenômeno La Niña, o verão chegou sem grandes temperaturas.
Poder dos eletroeletrônicos na ZFM
Na Zona Franca de Manaus, o setor de eletroeletrônicos se mostra pelos seus números. No ano passado, faturou mais de 50% dos R$ 150 bilhões faturados pela indústria do Amazonas.
O número de empregos também é robusto. Dos cerca de 100 mil trabalhadores do PIM, 40% são dos eletros.
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