Enquanto os políticos têm R$ 5 bilhões de fundo partidário para gastar com Eleições, a população vive as mínguas comprando soro de leite, feijão fora do tipo, carcaça e pele de frango.
Esse é o retrato da alta da disparada de preços nos supermercados nas periferias de São Paulo.
No Capão Redondo, na zona sul, a reportagem da Folha de S. Paulo encontrou ao lado do feijão comum o chamado “feijão fora do tipo”. Ele é composto por 70% de grãos inteiros e 30% feijão bandinha [partido], segundo o site da marca Solito Alimentos.
A venda dele é autorizada desde que esteja identificado, “cumprindo as exigências de marcação e rotulagem”.
No mercado, esse tipo de feijão saía a R$ 8,48, enquanto o carioca tradicional da mesma marca custava R$ 9,98.
Na mesma loja, pontas de frios eram vendidas como promocionais, com pedaços de restos de queijo.
No Grajaú, também na zona sul da capital, mercados e açougues estavam vendendo carcaça e pele de frango em sacos plásticos e bandejas.
No mercado Fonte Nova, em Guarulhos, na Grande São Paulo, uma caixa de leite varia de R$ 8 a R$ 10. Por ali, subprodutos como soro de leite e misturas condensadas se tornaram a alternativa mais barata.
“A qualidade não é a mesma, e honestamente não gosto de consumi-los, porém necessito levar algum leite para casa”, diz uma aposentada de 53 anos, moradora do Jardim Cocaia, que pediu para não ser identificada. Ela paga, no máximo, R$ 7 para adquirir o soro, valor que faz diferença no fim do mês.
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Foto: Reprodução/ Folha Uol