Um grupo de bailarinos no mínimo diferente vai representar o Amazonas no 39º Festival de Dança de Joinville , em Santa Catarina, o maior festival do Mundo, em diversidade de gêneros e número de participantes, segundo o Guinness Book. É o Studio Sete, de Manaus, que vai levar para a competição um grupo de bailarinos entre 13 e 50 anos para competir nas categorias de danças urbanas e jazz.
Ao todo, a delegação amazonense terá 40 pessoas, dos quais 25 são bailarinos. Deles, 3 tem mais de 30 e 5, mais de 40 anos.
Idade não é limite
O grupo, que existe há seis anos, é um espaço onde a idade não é empecilho para realizar o sonho de dançar num palco de verdade. De balé clássico a dança de rua, os jovens bailarinos juntam-se a outros menos jovens (mas não menos empolgados ) e promovem um festival de gêneros.
Para competir em Santa Catarina, o Studio Sete participou de uma seleção com um vídeo enviado para a coordenação do evento. O resultado da seleção foi anunciado em maio e, já na reta final, o grupo se prepara para apresentar a coreografia “A paixão tem memória” , na categoria 40+, de pessoas acima dos 40 anos.
Grupo que vai apresentar a coreografia “Paixão não tem memória”
A mulher como inspiração
O coreógrafo Arley Paiva, autor da coreografia “Paixão tem memória” fala sobre a peça que vai ser apresentada com bailarinas acima dos 40 anos.
“A Paixão tem memória fala sobre autoafirmação, autoaceitação e autoestima da mulher acima de 40 anos. Mostra que essa mulher é capaz de ir e estar aonde quiser e conquistar seu espaço no mundo, mesmo que os tabus impostos pela sociedade tentem prendê-la, ela quebra esses padrões e afirma inclusive, que pode dançar e competir no maior festival de dança do mundo”, resume Arley.
Gerações diferentes
Paiva também diz que a interação entre gerações ajuda mutuamente as bailarinas de idades diferentes.
“Eu acho lindo, ver os olhinhos brilhando das bailarinas mais novas, vendo as mais velhas dançando, acende na gente a esperança de continuidade de trabalho. E para as mais velhas, elas se sentem inspiradas pelas bailarinas mais novas e sentem também a responsabilidade que a idade traz, e como sua dança pode influenciar as gerações mais novas”, diz o professor e coreógrafo.
As apresentações dos bailarinos do Studio Sete estão marcadas para os dias 21, em palcos alternativos onde não há competição, e no dia 24, quando o grupo concorrerá pra valer.
Fotos: Rudá Marques/ Divulgação