O biogás que é produzido a partir do lixo de Manaus abastece o aterro sanitário da capital. Com isso, estima-se que o potencial elétrico é de 10 megawatts.
Isso captado em forma de biometano, ou seja, para até 20 mil pessoas. Nesse sentido, a Prefeitura de Manaus mantém o espaço, por meio da Secretaria Municipal de Limpeza Urbana (Semulsp).
Assim, nos primeiros seis meses de 2022, o Aterro produziu 172,7 mil toneladas de biogás, uma média de 28, 7 mil toneladas por mês. Como informa a Prefeitura de Manaus.
Atualmente, portanto, o espaço possui um gerador (projeto-piloto) que torna autossuficiente toda a operação do complexo.
Além da produção de energia, a captação de biogás instalada no Aterro Sanitário de Manaus realiza a quebra das partículas do gás metano CH-4. Esse gás este 21 vezes mais impactante no efeito estufa que o dióxido de carbono (CO²). Desse modo, obtém, com isso, mais créditos de carbono para a prefeitura.
“Hoje estamos explorando a nossa captação para do gás que vem por meio do lixo, que é o gás metano, fazendo a transformação para biogás. Hoje, o nosso aterro é autossustentável, a energia que produzimos aqui é a biogás. Isso contribui muito com a prefeitura na diminuição de custo”, afirmou o gerente do Aterro Sanitário de Manaus, Fábio Barroso.
De acordo com ele, o potencial de energia da usina de biogás do Aterro Sanitário seria suficiente para abastecer grande parte da estrutura predial de toda a Prefeitura de Manaus.
Pelas tubulações em Pead da usina de biogás correm, aproximadamente, 6 mil metros cúbicos por hora de biogás. E para alimentação do gerador (projeto-piloto) utilizam-se apenas 150 metros cúbicos por hora.
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Créditos de carbono
Então, mantido pela Prefeitura de Manaus desde 2008 e essencial para o meio ambiente, a queima limpa de gases de efeito estufa, feita no Aterro Sanitário, elimina 40 mil toneladas de biogás (metano CH4 e CO2) por mês, gerando créditos de carbono ao município.
A geração de créditos de carbono é uma das “moedas universais”, instituídas pelo Protocolo de Kyoto (assinado em 1997), que estabeleceu ao mundo metas de redução de emissão de gases na atmosfera.
Essa iniciativa levou a Prefeitura de Manaus a firmar um protocolo de Mecanismo de Desenvolvimento Limpo (MDL) com o programa das Nações Unidas para Mudanças Climáticas, para a geração de créditos de carbono, por meio da queima limpa de gases no aterro sanitário.
Atualmente, os queimadores ou “flares” processam 6.000 metros cúbicos por hora. De 2009 a 2018, foram reduzidas 3.606.344 toneladas de emissão de biogás (metano), sendo a média diária de 1.039 toneladas de biogás.
Como resultado, no aterro de Manaus, a operação de controle e medição da emissão dos gases é feita exclusivamente pela Conestoga-Rovers e Associados Engenharia Ltda. (CRA).
Dessa maneira, a empresa Det Norske Veritas (DNV) é a responsável pela certificação das emissões reduzidas que estão em andamento.
Fotos: Valdo Leão/Semcom