Líder do governo Bolsonaro no Congresso, senador licenciado Eduardo Gomes (PL-TO), pedia dinheiro ao empresário, Jorge Rodrigues Alves em troca de apoio.
As informações foram publicadas nesta quinta-feira (28) em reportagem do jornal “O Globo”, conforme afirma um relatório da Polícia Federal.
De acordo com a PF, Gomes ainda se prontificou a atender um pedido do empresário para adiar uma portaria do Inmetro.
Em nota, o parlamentar disse que os pedidos de verba se tratavam de empréstimos e não têm relação com nenhuma irregularidade.
Os diálogos foram encontrados pela PF no celular de Alves, apreendido durante a Operação Lavanderia, que investiga empresários de Tocantins por lavagem de dinheiro e organização criminosa.
No relatório, de acordo com “O Globo”, a PF diz que Jorge “aparentemente” fez pagamentos ao senador e lhe pede favores de interesse da empresa.
O relatório foi enviado para a Justiça Federal, com pedido para ser remetido ao Supremo Tribunal Federal (STF), já que Gomes tem foro privilegiado.
“Há, por fim, diversas conversas entre Jorge e o senador Eduardo Gomes, indicando que Jorge aparentemente paga contas para o senador e lhe envia dinheiro, assim como lhe pede favores e intercessão em assuntos de suas empresas”, escreveu a PF.
As mensagens, segundo “O Globo”, contêm comprovantes de depósitos bancários para pessoas indicadas pelo senador.
Ainda de acordo com o jornal, a PF escreveu que, nos diálogos, “há elementos para se acreditar que parte dos valores movimentados pelo grupo possa ter ido para o referido senador, por meio de Jorge Rodrigues Alves, como forma de manutenção de uma boa relação, assim como para o financiamento de campanhas políticas”.
A reportagem afirma que, somados, os pedidos de Gomes a Alves em mensagens de 2016 a 2020 chegam a cerca de R$ 760 mil.
Procurado pelo “Globo”, Alves afirmou que não comenta investigações que correm sob sigilo.
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Foto: Edilson Rodrigues / Agência Senado