Por Lula, Pros retira candidatura e entra na maior coligação da história

Caso isso se confirme, o petista chegará a dez partidos em seu entorno, igualando o recorde de Dilma Rousseff em 2010

Lula lança pré-candidatura à Presidência da República em abril

Ferreira Gabriel

Publicado em: 15/08/2022 às 14:17 | Atualizado em: 15/08/2022 às 14:17

Para apoiar Lula da Silva (PT) à presidência, a nova executiva nacional do Pros (Partido Republicano da Ordem Social) se reuniu nesta segunda-feira (15) e decidiu, por unanimidade, retirar a candidatura presidencial do coach motivacional Pablo Marçal.

Caso isso se confirme, o petista chegará a dez partidos em seu entorno, igualando o recorde histórico de Dilma Rousseff em 2010. Conseguirá, também, aumentar em alguns segundos seu tempo de propaganda no rádio e na TV, que já é o maior.

O Pros passa por uma disputa interna de poder que já envolveu várias decisões judiciais que ora colocam uma ala no comando, ora outra.

Na última, o ministro do TSE (Tribunal Superior Eleitoral) Ricardo Lewandowski concedeu no dia 5 liminar devolvendo o comando do partido ao seu fundador, Eurípedes Jr. A decisão foi referendada pelo plenário do TSE, por 4 votos a 3.

Até então, o presidente era Marcus Holanda, que havia bancado a candidatura presidencial de Marçal.

O coach tem afirmado que pretende questionar judicialmente a tentativa de retirá-lo do páreo. Ele não se manifestou sobre a decisão desta segunda até a publicação desta reportagem.

Caso não haja reviravolta no comando do partido por decisão do STF (Supremo Tribunal Federal), a Justiça Eleitoral deve ratificar a retirada da candidatura de Marçal e o apoio da sigla a Lula.

A campanha começa oficialmente nesta terça-feira (16).

Sem Marçal, serão 11 os candidatos à Presidência, sendo que ao menos um deles também corre o risco de não ter o seu pedido aprovado pela Justiça -Roberto Jefferson (PTB), condenado no escândalo do mensalão.

Leia mais no Folha de S. Paulo

Leia mais

TSE mantém comando do Pros com simpatizante de Lula

Foto: Ricardo Stuckerts/Fotos Públicas