Políticos do AM destacam prestígio a Lula e à democracia na posse do TSE 

Entre os parlamentares da bancada do Amazonas que se posicionaram sobre a posse do ministro Alexandre de Moraes na Presidência no Tribunal Superior Eleitoral (TSE), nesta terça-feira (16) à noite, alguns destacaram o assédio ao ex-presidente Lula da Silva (PT) e outros o papel do evento na defesa da democracia. 

É o caso do deputado Marcelo Ramos (PSD), para quem foi visível o desconforto do presidente Jair Bolsonaro (PL).  

“Aqui na sala vip da posse do ministro Alexandre de Moraes é constrangedor o assédio ao presidente Lula em contraste com a indiferença com Bolsonaro”, observou o parlamentar, que se encontrava na solenidade. 

“Bolsonaro no canto com a entourage [grupo que forma roda habitual a alguém] e Lula sendo abordado e conversando com todos”.  

Para o deputado José Ricardo (PT), o evento demonstrou ser um dos mais importantes desde a redemocratização do país. 

“A posse de Alexandre de Moraes como presidente do TSE, na presença de altas autoridades e de ex-presidentes da República, significa que estas eleições são as mais importantes desde a reabertura política. E que o recado é claro: simpatizantes da ditadura e fake news não terão vez”. 

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O senador Eduardo Braga (MDB), outro que estava presente, disse que Moraes foi firme defensor da democracia e do sistema de voto eletrônico. 

“Ele haverá de conduzir o processo eleitoral com firmeza, combatendo discursos de ódio e fake news, pelo bem do Brasil”. 

Em entrevista à Jovem Pan, o senador Plínio Valério (PSDB) disse esperar que após a posse haja uma trégua, tanto de Moraes quanto de Bolsonaro nos debates públicos. 

“Que o bom senso prevaleça sempre, que o julgador se limite a julgar e que todos cumpram a liturgia do cargo, sem guerras verbais e sem mudanças das regras do jogo”. 

Discurso 

Na presença de Bolsonaro, a mulher dele Michelle e o filho Carlos, Moraes mandou o recado:  

“Não canso de repetir e não poderia deixa-lo de fazê-lo: liberdade de expressão não é liberdade de agressão; não é liberdade de destruição da democracia; de destruição das eleições; da dignidade e da honra alheias”. 

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Disse que nesses casos a intervenção da Justiça eleitoral será célere, firme e implacável na coibição de práticas abusivas ou de notícias falsas ou fraudulentas, principalmente aquelas escondidas no covarde anonimato das redes sociais. 

“E assim atuará a Justiça eleitoral para proteger a integridade das instituições do regime democrático e a vontade popular. Pois a Justiça eleitoral não autoriza que se propague mentiras que atentem contra a lisura, a normalidade e a legitimidade das eleições”. 

Foto: Antônio Augusto/Secom/TSE