Brasileiros dizem, em pesquisa, subornar menos do que vizinhos

Publicado em: 09/10/2017 às 17:01 | Atualizado em: 09/10/2017 às 17:01

Pesquisa da Transparência Internacional divulgada, nesta segunda-feira (9), mostrou que 11% dos brasileiros assumiram pagar propina para ter acesso a serviços públicos, como saúde, educação, serviço de polícia ou emissão de documentos (na foto, os ex-executivos Eike Batista, Joesley Batista e Marcelo Odebrecht cumprem pena de prisão por suborno).

É o segundo menor índice da América Latina e Caribe, atrás apenas de Trinidad e Tobago, onde 6% admitiram pagamento de propina.

A Transparência Internacional ouviu 22.302 pessoas de mais de 16 anos em 20 países da América Latina e Caribe entre maio e dezembro de 2016.

A margem de erro estimada é de 2,8% e o nível de confiança é de 95%.

A pesquisa se baseia no relato das pessoas entrevistadas para medir a percepção da corrupção em cada país.

No México, 51% dos entrevistados admitiram pagamento de propina. No Peru, foram 39%. Na Argentina, esse número foi de 16%; no Uruguai, 22%; e, no Chile, 22%.

O levantamento também mostrou o Brasil como o país onde é maior a taxa dos que acreditam que pessoas comuns podem fazer a diferença no combate à corrupção (83%).

Em seguida aparecem Costa Rica e Paraguai, com 82%.

 

Percepção

Além disso, 81% dos entrevistados brasileiros disseram que, se presenciassem um ato de corrupção, seriam obrigados a denunciá-lo.

Esse índice é maior só no Uruguai (83%) e na Costa Rica (82%).

No entanto, a pesquisa apontou um aumento da percepção do brasileiro com relação à corrupção.

Entre maio e junho de 2016, período em que a Transparência Internacional ouviu entrevistados do país, 78% achavam que a corrupção tinha aumentado nos 12 meses anteriores.

A época da pesquisa coincide com o processo de impeachment da ex-presidente Dilma Rousseff.

Apenas Venezuela (87%), Chile (80%) e Peru (79%) haviam tido percepção maior de aumento da corrupção nos 12 meses anteriores à pesquisa.

 

Veja dados gráficos no G1

 

Foto: Reprodução/Notícias do Trecho