Quatro hospitais e grande maternidade em Manaus são promessas de Nicolau
Foi o que anunciou no programa eleitoral na TV e rádio desde quarta-feira, 31.

Ednilson Maciel, da Redação do BNC Amazonas
Publicado em: 02/09/2022 às 16:19 | Atualizado em: 02/09/2022 às 16:19
A construção de quatro hospitais gerais e de uma maternidade de alta complexidade, com 300 leitos, em Manaus, é o que prometeu em sua campanha o candidato a governador Ricardo Nicolau (Solidariedade).
Também prometeu reestruturação total da rede de saúde existente e da implantação de novas ferramentas tecnológicas para modernizar os serviços.
Foi o que anunciou no programa eleitoral na TV e rádio desde quarta-feira, 31.
O candidato, que também é diretor do maior grupo hospitalar privado da região Norte do país, reafirmou que é possível, sim, transformar a saúde pública do Amazonas em referência nacional a partir de uma gestão eficiente e transparente.
De acordo com ele, os quatro hospitais seriam nas zonas norte, leste, oeste e centro-oeste da capital. Segundo ele, nessas regiões há maior deficiência por assistência de média e alta complexidade.
No programa eleitoral, o candidato também mostrou imagens do projeto arquitetônico de uma maternidade metropolitana de Manaus, destinada a partos de alto risco.
Projetada para ofertar 300 leitos de internação, a nova maternidade será construída na zona Norte e poderá suprir o déficit de leitos maternos e desafogar o Instituto da Mulher, que virou uma maternidade improvisada.
“Se Deus e a população me derem a chance de governar o estado, vou construir uma maternidade de grande porte que, somada à ampliação das demais maternidades e à permanência dos leitos maternos já existentes, vai possibilitar resolver essa demanda histórica. O Amazonas detém uma rede de saúde pública grande e que tem condições, sim, de prestar um serviço de qualidade à população. O que falta é gestão”.
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‘Filas da morte’ vão acabar
Um dos principais eixos do plano de gestão é a reorganização total do sistema público de saúde, segundo Nicolau.
De imediato, afirmou que faria mudanças de gestão para aproveitar a capacidade máxima de todas as unidades em funcionamento e, também, para zerar as filas de consultas, exames e cirurgias do Sistema Nacional de Regulação (Sisreg).
“Vamos colocar a saúde para funcionar de verdade. Hoje, mais de 200 mil pessoas estão nas ‘filas da morte’ do Sisreg, mas isso tem dia e hora para acabar. Vou combater as filas do Sisreg desde o primeiro dia de governo. De manhã cedo, eu vou estar lá para fazer as modificações necessárias, assim como fiz na época do programa Fila Zero e deu certo. Com saúde não se brinca”.
Outras medidas serão a reabertura do pronto-socorro do hospital Delphina Aziz, fechado desde 2020, e a extensão dos horários de atendimento de todas as policlínicas de Manaus, que passarão a funcionar à noite e aos fins de semana.
De acordo com Ricardo Nicolau, todos os prontos-socorros da cidade também serão reestruturados, com suas salas de urgência e emergência ampliadas.
Ainda como parte do plano, Nicolau propõe a ampliação de 135 para 300 no número de leitos da Fundação Centro de Controle de Oncologia do Amazonas (FCecon) e a construção de quatro centros de radiodiagnóstico em Manaus, equipados com infraestrutura laboratorial e exames de imagem.
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Tecnologia de ponta
Conforme o candidato, o plano prevê a criação do “aplicativo do paciente” para o agendamento on-line de consultas e exames nos hospitais públicos.
Além disso, segundo ele, i estado adotará um sistema de prontuário eletrônico para guardar o histórico dos pacientes em um banco de dados que poderá ser acessado por profissionais de saúde a partir de qualquer unidade da rede.
“Hoje, o governo não trabalha como nenhum sistema de prontuários eletrônicos e isso também faz com que as ‘filas de morte’ sejam cada vez maiores. Quando se fala em transformar a saúde do Amazonas em uma das melhores do Brasil, isso passa também por implantar tecnologia. Na saúde privada, funciona muito bem. E pode, sim, funcionar na saúde pública. Não tem diferença”.
O candidato também vai modernizar os centros cirúrgicos dos hospitais estaduais, com cirurgias por vídeo.
De acordo com Nicolau, objetivo é reduzir o tempo de internação dos pacientes e, assim, aumentar a eficiência e a produtividade das unidades.
“A maioria das cirurgias feitas no Amazonas é feita com a técnica convencional. O paciente que retira a vesícula por esse método leva três dias para receber alta. Na cirurgia por vídeo, o tempo de internação cai para 24 horas. Isso mostra que é possível fazer três vezes mais cirurgias, tornando todo o processo mais eficiente”.
Foto: divulgação