Garimpeiros de ouro crescem no país e 91% da invasão é na Amazônia, segundo dados do MapBiomas divulgados ontem (26).
Conforme reportagem de Phillippe Watanabe, da Folha de S.Paulo, o levantamento aponta que, de 2010 a 2021, a área de garimpo passou de 99 mil hectares para 196 mil hectares.
Dessa forma, em comparação, a de mineração industrial demorou 20 anos para aumentar de 86 mil hectares para 170 mil.
Por exemplo, Pará, especialmente, e Mato Grosso são os estados que concentram a atividade garimpeira, com quase 92% da área total.
Como resultado, um dos problemas apontados pelos dados está na expansão do garimpo em áreas protegidas.
Assim, segundo o levantamento, de 2010 até 2021, houve um crescimento de 625% da área garimpada nos territórios indígenas, uma exploração que é ilegal.
Cesar Diniz, coordenador-técnico do mapeamento de mineração do MapBiomas, afirma:
“Pelo menos, 12% do garimpo nacional é necessariamente ilegal. Essa é a quantidade de garimpos que existe dentro de áreas restritas à atividade garimpeira, que são terras indígenas e unidades de conservação de proteção integral. Nessas regiões não pode existir garimpo”.
E completa: “Fora desses 12%, espera-se que exista um contingente de ilegalidade muito maior.”
De acordo com a publicação, a concentração da garimpo na Amazônia acaba sendo importante por causa dos impactos ambientais envolvidos na atividade econômica.
Além disso, o presidente Jair Bolsonaro (PL) defende a liberação de exploração mineral dentro de terras protegidas, como áreas indígenas.
Da mesma forma, há projeto no Congresso que segue na mesma linha.
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Foto: Divulgação/Exército