O ministro da Economia, Paulo Guedes , afirmou nesta quarta-feira (28) no programa “Pânico”, que o governo federal possui uma Medida Provisória para incentivar a implementação de fábricas de semicondutores no Brasil.
Desde a pandemia da Covid-19, a produção de semicondutores sofre uma grave crise que têm afetado principalmente a indústria automobilística global.
“Nós fomos lá fora conversar com os japoneses, porque está todo mundo de olho em fábrica de semicondutores, nós queremos no Brasil. Estamos indo lá e trazendo os arranjos produtivos. 75% é produzido em Taiwan, que é muito longe, e agora tem o risco político. Vamos botar sem imposto de renda, criar incentivo. Está todo mundo na maior animação, nós já estamos com uma MP pronta para puxar o gatilho a qualquer momento.”, disse Guedes.
“Nós perdemos a primeira revolução industrial, está vindo aí a 5.0. Nessa, nós vamos embarcar. Energia barata, segurança energética do mundo, energia solar, energia, principalmente eólica, a eólica o Brasil domina.”, pontuou o ministro.
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Reforma tributária
Paulo Guedes comentou também sobre a reforma tributária que, segundo ele, está travada do senado. Segundo o ministro, a proposta foi aprovada na Câmara por grande maioria, inclusive com “o apoio da esquerda”. Durante a fala, Guedes criticou uma pequena parcela da direita a quem ele chamou de “pica-pau”.
“É sempre assim, na direita tem 90% trabalhando, etc, e 10% de pica-pau. Esses 10%, por exemplo, bloquearam a reforma tributária nossa. Curiosamente, conversei com um deputado de esquerda, não posso falar o nome para não fazer propaganda eleitoral, mas perguntei: “Vai deixar passar uma oportunidade dessa? De tributar lucros e dividendos?”.
Segundo o ministro, após a reforma ser aprovada na Câmara, “uma porção de ratinhos baixaram em Brasília e travou tudo”. Paulo Guedes já afirmou em outras ocasiões a intenção de usar a taxação de lucros e dividendos, presente na reforma, para custear o valor permanente do Auxílio Brasil em R$ 600.
Leia mais na matéria de Elis Barreto no site da CNN Brasil
Foto: Câmara dos Deputados