PetrobrĂ¡s sofre pressĂ£o do governo para segurar aumento de combustĂveis
A medida eleitoreira ocorre visando a reeleiĂ§Ă£o de Jair Bolsonaro no segundo turno

Publicado em: 05/10/2022 Ă s 13:28 | Atualizado em: 05/10/2022 Ă s 13:30
A PetrobrĂ¡s tem sido pressionada pelo governo Bolsonaro a segurar um aumento dos combustĂveis nas prĂ³ximas semanas, atĂ© o fim do segundo turno das eleições presidenciais.
De acordo com fontes da petroleira a medida seria manter o preço baixo apesar da situaĂ§Ă£o internacional indicar uma ampliaĂ§Ă£o da defasagem entre o preço do petrĂ³leo e os valores praticados no Brasil.
A queda na cotaĂ§Ă£o do petrĂ³leo ao longo dos Ăºltimos meses ajudou na estratĂ©gia de anĂºncios quase semanais de reduĂ§Ă£o dos preços da gasolina, diesel e gĂ¡s de cozinha pela Petrobras, como desejava a campanha de reeleiĂ§Ă£o de Jair Bolsonaro. Todos os anĂºncios ganharam ampla divulgaĂ§Ă£o pela campanha do presidente.
Nos Ăºltimos dias, contudo, a pressĂ£o para um reajuste começou a ficar maior, jĂ¡ que o preço internacional de petrĂ³leo vem subindo.
Nesta quarta-feira (5), a Opep, grupo dos principais paĂses produtores de petrĂ³leo do mundo, anunciou um corte na produĂ§Ă£o, que tem efeito imediato nos preços. Analistas avaliam que nas prĂ³ximas semanas o barril de petrĂ³leo pode ultrapassar os US$ 110.
Apesar das interferĂªncias do governo Bolsonaro na Petrobras, com trocas de presidentes e conselheiros, a empresa segue com a polĂtica de paridade internacional, jĂ¡ que precisa repassar ao consumidor o custo da importaĂ§Ă£o de petrĂ³leo.
Na campanha de Bolsonaro, a pressĂ£o atĂ© os Ăºltimos dias era para que novos anĂºncios de cortes nos preços dos combustĂveis e gĂ¡s de cozinha ocorressem.
O cenĂ¡rio internacional, entretanto, fez chegar ao grupo prĂ³ximo do presidente alertas de que a empresa nĂ£o poderia realizar novos cortes em momento de tanta volatilidade internacional e que havia inclusive risco de ter de anunciar reajustes.
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Foto: AgĂªncia PetrobrĂ¡s/Geraldo FalcĂ£o