Para atender à pressão do presidente Jair Bolsonaro (PL), que queria ver os militares empenhados em seu plano de questionar as urnas eletrônicas e a credibilidade do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), o Exército se encarregou de fazer uma checagem de boletins de urna de seções eleitorais espalhadas pelo país. É o que informa a coluna de Rodrigo Rangel, do Metrópoles.
A ideia era comparar os números, coletados nos locais de votação logo após o fechamento das urnas no último domingo.
Dessa forma, qualquer divergência, obviamente, seria motivo para o presidente fazer muito barulho.
“Vou aguardar o parecer aqui das Forças Armadas, que ficaram presentes hoje lá na sala-cofre (do TSE). Repito, elas foram convidadas a participar, integrar uma comissão de transparência eleitoral”, chegou a dizer Bolsonaro na primeira entrevista após o segundo turno.
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De acordo com a publicação, depois de fechadas as urnas e anunciados os resultados, os militares foram perguntados sobre a conferência por eles.
No entanto, o Exército afirmou que a pergunta deveria ser feita ao Ministério da Defesa.
“O Centro de Comunicação Social do Exército orienta que sua demanda seja direcionada ao Ministério da Defesa”. Procurado na sequência, o Ministério da Defesa simplesmente não respondeu.
Ao total, o Exército se encarregou de coletar e conferir os boletins de 385 urnas, escolhidas, segundo os militares, a partir de critérios estatísticos.
A decisão dos militares de fazer a checagem gerou desconforto no TSE, que antes da eleição divulgou nota para dizer que, há tempos, os boletins de urna são disponibilizados a quem quer que seja.
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Foto: Marcos Corrêa/Presidência da República