O Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit) sabia, desde 2021, sobre os riscos em pontes da BR-319, no Amazonas.
Em documento, publicado em 28 de dezembro no Diário Oficial da União (DOU), o superintendente regional do órgão, Afonso Luiz Costa Lins Júnior, disse que a BR-319 apresentava “riscos iminentes” às pessoas que trafegam pela ponte devido à “situação calamitosa” do trecho.
“Situação de Emergência na rodovia BR-319/AM no trecho do Km 13,00 (Fim Travessia Rio Amazonas (Careiro ) ao Km 178,50 (Fim da Pavimentação), haja vista as condições em que se encontra a BR-319/AM, bem como os riscos iminentes aos quais se expõem os usuários, que nela trafegam, devido à situação calamitosa de trafegabilidade no trecho mencionado, proferida pela Coordenadora de Engenharia Terrestre desta Superintendência Regional do DNIT no Estado do Amazonas […]”, diz o documento.
A rodovia, que é a única ligação por terra entre Manaus e outras regiões do país, teve duas de suas pontes danificadas em um intervalo de 10 dias.
Antes da ponte sobre o Rio Autaz Mirim despencar, no último sábado (8), a ponte sobre o Rio Curuçá já havia desabado no fim de setembro.
Nesse último trecho, o governo estadual informou que faz o transporte de pedestres via lanchas. Já em relação ao transporte de carros e cargas, a administração estadual afirmou que o Dnit prometeu enviar balsas para auxiliar no escoamento, mas até agora nada.
O Portal da Transparência do Governo Federal indica que a empresa A G O Engenharia de Obras foi contratada em janeiro deste ano para trabalhar na recuperação de erosões – que é o fenômeno de desgaste do solo – em diversos pontos da rodovia, dentre eles, os locais nos quais as duas pontes desabaram.
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Foto: BNC Amazonas