O TCU (Tribunal de Contas da União) começou a apurar suposta fraude na compra de cestas básicas pelo governo federal desde 2020.
A investigação se concentra em duas licitações do Ministério da Cidadania nos últimos dois anos para a compra de pelo menos 2,2 milhões de cestas básicas, conforme reportagem do jornal O Estado de S.Paulo, republicada pelo UOL.
Relatório do órgão aponta “fortes indícios” de que uma das empresas vencedoras dos pregões está em nome de “laranjas”.
O Ministério da Cidadania, de acordo com a publicação, se predispôs a gastar até R$ 290,2 milhões na compra de produtos alimentícios como arroz, feijão, óleo, macarrão, farinha, leite em pó, açúcar e fubá, para serem distribuídas para famílias carentes de todo o país.
A empresa A Popular Cestas Básicas de Alimentos Eireli, em Contagem (MG), ganhou 11 lotes ao custo de até R$ 216 milhões. Entretanto, o TCU aponta que essa empresa faz uso do nome de um “laranja”, beneficiário do Auxílio Emergencial.
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Controladores de empresas
De acordo ainda com o órgão, A Popular faz parte de um grupo de empresas controladas por Carlos Murilo Pessoa Gonçalves Moreira e Paulo Sergio Pessoa Moreira, ambos de Minas Gerais, que fizeram uso de “parentes e pessoas interpostas com a provável finalidade de ocultação patrimonial”.
Ainda segundo o TCU, uma outra empresa pertencente ao mesmo grupo que seria comandado pelos irmãos Moreira, a Super Cesta Básica de Alimentos Eireli, teria efetuado a entrega dos alimentos no ministério da Cidadania em fevereiro deste ano.
No entanto, a Super está impedida de licitar e contratar junto à administração pública federal devido a sanção aplicada pelo Comando da 4ºRegião Militar, após a empresa não ter executado um contrato.
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Foto: Conab/divulgação