Fundador do Novo diz que partido virou linha auxiliar do bolsonarismo
Ele também disse que vem sofrendo perseguição da sigla depois de ter declarado voto no ex-presidente Lula

Publicado em: 28/10/2022 às 13:51 | Atualizado em: 28/10/2022 às 13:51
O fundador do partido Novo, João Amoêdo lamentou em entrevista ao blog de Malu Gaspar, do jornal O Globo, o fato da sigla ter virado “linha auxiliar do bolsonarismo”.
Ele também disse que vem sofrendo perseguição da sigla depois de ter declarado voto no ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) —ele foi suspenso pelo partido nessa semana.
Amoêdo criticou o seu colega de partido, o governador reeleito de Minas Gerais, Romeu Zema, por fazer muito mais pela campanha de reeleição do presidente Jair Bolsonaro (PL), nas suas palavras, do que fez para eleger membros da própria sigla no primeiro turno.
“O Zema fez muito mais por Bolsonaro neste segundo turno do que pelo Felipe D’Ávila e os candidatos do Novo no primeiro turno. Prova disso é que o partido não elegeu nenhum deputado federal em Minas.”
Segundo Amoêdo, o governador mineiro não associa a imagem dele ao partido.
“Por que você acha que um governador de Minas Gerais reeleito no primeiro turno não elege um deputado? É porque ele não associa a imagem dele à instituição, isso está muito claro. O Novo perdeu 60% da bancada, tanto no nível federal quanto estadual, mesmo com a participação nos debates para presidente e governador e tempo de TV, o que não tivemos em 2018.”
Suspenso por declarar voto em Lula, Amoêdo descreve a situação como “muito ruim”.
“O estatuto do Novo prevê a defesa do Estado de Direito, a liberdade de expressão e a defesa da democracia. Tão logo terminou o primeiro turno, o partido divulgou uma nota afirmando que não se posicionaria pelo PT contrariar os valores do Novo, mas ressaltou que os filiados poderiam fazer seu voto conforme sua consciência.”
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Foto: Divulgação