Bolsonaristas pedem intervenção e também uma privada após purgante

Lideranças disseram que foram sabotados com laxante na comida ou água doadas a eles

Bolsonaristas farão ato em frente ao CMA no feriado

Diamantino Junior

Publicado em: 03/11/2022 às 19:52 | Atualizado em: 03/11/2022 às 19:52

No quarto dia seguido de protestos em frente ao Quartel General do Exército, no Setor Militar Urbano, em Brasília, bolsonaristas começaram a passar mal e acusaram “grupos sabotadores” de servirem bebida e alimentos com laxante.

Em um microfone, na tarde desta quinta-feira (3/11), um líder do movimento avisou: “Pessoal, cuidado, porque tem gente distribuindo água e comida contaminada”, disse. Eles também pedem doação para alugar mais banheiros químicos instalados no espaço.

O grupo acampado não aceita o resultado da Eleição 2022, que deu a vitória nas urnas ao petista Luiz Inácio Lula da Silva.

Eles seguem no ato com o objetivo de pedir ajuda das Forças Armadas para “manter o país em ordem”. Pelo acampamento, é possível ouvir palavras de guerra contra Lula, além de comemorações quando fake news se espalham pelo espaço.

Leia mais

No Amapá, professora expulsa alunos por serem ‘esquerdistas’

Em um palco montado em cima de uma carreta, líderes do movimento dão os avisos e divulgam informações que consideram importantes.

Nesta tarde, um homem divulgou a fake news de que o Supremo Tribunal Militar (STM) apresentou provas de fraude nas eleições e deu 72 horas para que o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) se manifeste. Com os ânimos aflorados com a notícia, os bolsonaristas pediram, mais uma vez, “intervenção federal”.

A logística tem funcionado como um acampamento farroupilha. Toda a alimentação está sendo servida de forma gratuita, por voluntários, apesar dos bolsonaristas não revelarem os responsáveis pelo pagamento da estrutura que permite o mínimo conforto às pessoas que seguem no local.

Um espaço improvisado funciona como cozinha e serve água, refrigerante, arroz com linguiça e até pão com mortadela.

Os organizadores pediram “dois reais ou a quantia que tocar o coração” para pagar por mais banheiros químicos. São 34 banheiros instalados, ao custo de R$ 100, cada, por dia.

DF Legal no acampamento bolsonarista

DF Legal atuou na manifestação a fim de impedir comércio irregular, mas os ambulantes disfarçaram-se e driblaram a equipe. Dois policiais militares acompanharam a ação, em clima amistoso, cumprimentando os presentes.

Leia mais na matéria de Alan Rios no portal Metrópoles

Foto: divulgação