O Amazonas vai participar da Conferência do Clima, a COP-27, no Egito, com uma postura ambiental ousada.
Além de discutir projetos e temas ligados à questão climática, o Estado vai ao evento fazer negócios ambientais.
Um decreto que será assinado hoje pelo governador Wilson Lima (UB), por exemplo, permitirá à delegação amazonense negociar créditos de carbono no encontro, que reúne 196 países.
O decreto estabelece as primeiras cotas desse produto ambiental a serem negociadas.
O Amazonas, maior Estado do País, que possui a maior cobertura vegetal da Amazônia preservada, é centro das atenções não apenas ambiental, mas, também, pelo volume de negócios que pode gerar.
Há áreas prontas para serem ofertadas, assegura o presidente do Instituto de Proteção do Amazonas (Ipaam), Juliano Valente.
Atualmente, o Amazonas já negocia esse tipo de ativo ambiental, mas na iniciativa privada.
Economia limpa
O decreto de Wilson Lima vai muito além da COP-27. Ele também marca a entrada definitiva do Estado nessa economia ambiental, cuja moeda, de alto valor, tem como finalidade manter a floresta em pé, patrocinada pelos emissores de gases que provocam o aquecimento global.
Monitoramento elogiado
Amazonas foi elogiado pela cúpula da COP-27 por causa do Centro de Monitoramento Ambiental que inaugurou no ano passado.
A estrutura tem capacidade de identificar desmatamentos e focos de incêndio na floresta.
No ano passado, foi essa central que identificou o deslocamento de balsas de garimpeiros para Nova Olinda do Norte, no rio Madeira.
O projeto será objeto de exposição no Egito. Há interesses de outros estados e de outros países em conhecer o centro do monitoramento.
Foto: Divulgação/Secom