Cerca de 94% dos casos de covid-19 registrados no Amazonas nos últimos meses são da subvariante BA.5.3.1, uma variante mais transmissível da Ômicron.
De acordo com o G1, a informação foi confirmada pelo virologista Felipe Naveca, da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), nesta quinta-feira (10).
Segundo o pesquisador, a BA.5.3.1 começou a circular no estado desde junho, e é a responsável pelo aumento de casos da doença no estado, observado com maior intensidade desde a primeira metade de outubro.
No período de 12 a 18 de outubro, o Amazonas registrou 348 casos de covid, de acordo com os boletins diários da Fundação de Vigilância em Saúde (FVS-AM). Já na última semana, entre 3 e 9 de novembro, o número de novos casos saltou para 942.
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Análises preliminares apontam que a nova subvariante é mais transmissível que as mutações anteriores do coronavírus, mas não tem provocado aumento de mortes nem casos graves da doença.
“A BA.5.3.1 é aparentemente mais transmissível que as demais, visto que aumentou rapidamente no Amazonas, mas precisamos de mais dados para analisar. As vacinas continuam funcionando do ponto de vista de proteger contra casos graves, mas a infecção não é impedida, visto que as linhagens mais novas têm mutações que aumentam o escape dos anticorpos”, disse o pesquisador.
Naveca destacou a necessidade de atualização do esquema vacinal contra a covid, incluindo as doses de reforço.
Além da BA.5.3.1, um caso da subvariate BQ.1 , também considerada mais contagiosa que as mutações anteriores, foi registrado no Amazonas recentemente.
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Foto: Reprodução/Conexão Amazônica