Paraense é cotado para assumir a esvaziada Sudam
Na formação do novo governo, cargos de segundo escalão também são muito disputados

Ferreira Gabriel
Publicado em: 21/11/2022 às 10:43 | Atualizado em: 21/11/2022 às 20:41
Em fim de mandato, o senador Paulo Rocha (PT-PA), é cotado para comandar a Sudam.
O órgão é ligado ao Ministério do Desenvolvimento Regional e atua na Amazônia Legal.
Rocha é paraense e dirigir a estatal o ajudaria a manter influência e destaque na região.
O cargo ao parlamentar é apontado como de segundo escalão.
A lista dos órgãos cobiçados é composta pela Petrobras, Codevasf (Companhia de Desenvolvimento dos Vales do São Francisco e do Parnaíba), Sudam (Superintendência do Desenvolvimento da Amazônia) e BNDES, entre outros.
Mesmo fora da cúpula dos ministérios, secretarias executivas e temáticas têm poder de decisão e movimentam quantias elevadas de dinheiro.
O cenário de quem assumirá esses cargos de segundo escalão ainda está nebuloso porque as nomeações precisam passar pelo crivo dos ministros, ainda não definidos, mas há uma certeza entre interlocutores de Lula: as indicações poderão servir para contemplar os partidos aliados e os que vierem sem muita representatividade no primeiro escalão.
Uma orientação que tem sido repetida por aliados próximos de Lula é que não haverá “porteira fechada”, isto é, o partido que chefiará a pasta não poderá indicar os demais cargos.
Os ministros, porém, não serão também uma rainha da Inglaterra, sem ingerência sobre a própria equipe.
No governo Jair Bolsonaro (PL), a maioria dessas funções foi distribuída a integrantes do grupo de partidos conhecido como centrão como estratégia do mandatário para conseguir o apoio dessas siglas e construir uma ampla base no Congresso.
O apetite dessas legendas pelos cargos continuará, provavelmente, no governo Lula, que tenta compor em algum nível com parlamentares. O petista terá, porém, de contemplar o próprio PT, que deverá ficar alijado de cargos que considera importante.
Leia mais na matéria de Julia Chaib, Matheus Teixeira e Thiago Resende no Estado de Minas
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Foto: portal stylo