Lula quer Reino Unido, Estados Unidos e Canadá no Fundo Amazônia
Programa foi criado para desenvolver projeto de desenvolvimento sustentável na região, mas foi interrompido em 2019 pelo governo Bolsonaro (PL).

Iram Alfaia, do BNC Amazonas em Brasília
Publicado em: 23/11/2022 às 12:22 | Atualizado em: 23/11/2022 às 15:35
Depois do convite formal ao Reino Unido, feito pelo consórcio de governadores da Amazônia, o presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva faz acenos positivos para o ingresso dos Estados Unidos e Canadá no Fundo da Amazônia.
Na Conferência do Clima da ONU (COP27), no Egito, a ex-ministra e deputada federal eleita Marina Silva (Rede-SP) conversou com os representantes dos três países e ficou otimista com apoio financeiro deles ao Fundo.
De acordo com a ex-ministra, quando o presidente dos EUA, Joe Biden, foi eleito o Fundo já estava implodido pelo governo de Jair Bolsonaro (PL).
Em conversa com o enviado especial dos Estados Unidos à COP27, John Kerry, a deputada disse que o Brasil tem interesse na ajuda daquele país ao Fundo Amazônia.
O colunista do UOL Jamil Chade revelou que, além dos país, o governo eleito quer receber ajuda filantrópica ao Fundo Amazônia.
Nas últimas semanas, Lula recebeu propostas e demonstrações concretas de interesse por parte de mega empresários e de fundações privadas.
“Para 2023, o governo eleito quer organizar a viagem de uma missão desses empresários para que conheçam a realidade da Amazônia. No foco do governo está em especial o Bezos Fund, do bilionário americano Jeff Bezos e que promete US$ 10 bilhões para lutar contra mudanças climáticas pelo mundo”, diz o jornalista.
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Bloqueio
Criado em 2008, o programa foi criado para desenvolver projeto de desenvolvimento sustentável na região, mas foi interrompido em 2019 pelo governo de Jair Bolsonaro (PL).
A Noruega, principal doador, não concordou com a retirada dos representantes da sociedade no comitê orientador pelo então ministro Ricardo Salles que, sem provas, apontou irregularidades nos projetos.
Assim, com a medida, recursos de R$ 3,58 bilhões, depositados Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) até o ano passado, ficaram congelados.
O Supremo Tribunal Federal (STF) julgou que o governo Bolsonaro foi omisso e determinou à União que adote, no prazo de 60 dias, as providências administrativas necessárias para a reativação do Fundo Amazônia, sem novas paralisações.
Foto: Ricardo Stuckert/PT