Inação da PM contra bolsonaristas é alerta para posse de Lula

A avaliação é feita por membros da equipe de transição do petista

Publicado em: 14/12/2022 às 11:42 | Atualizado em: 14/12/2022 às 11:42

O vandalismo cometido por bolsonaristas em Brasília, nesta segunda (12), funcionou como um “tiro de aviso” para 1º de Janeiro, segundo a avaliação de membros da equipe de transição de Lula, do Ministério Público e do governo do Distrito Federal ouvidos pela coluna. Não pelo terror em si, mas pela falta de reação da Polícia Militar.

A experiência deixada pelos ônibus e carros queimados e pela tentativa de invasão da sede da Polícia Federal está sendo usada para evitar surpresas desagradáveis daqui até a posse.

Leia-se por “surpresas” não a tentativa de grupos violentos de atrapalharem a chegada de Lula ao poder, uma vez que a prevenção a isso já estava no planejamento das autoridades, mas a reação insatisfatória de policiais militares diante do ocorrido.

Os ouvidos criticaram a falta de prisões em flagrante dos criminosos, citando que o mesmo tratamento não foi conferido em outras ocasiões. E frisam que, nesta segunda, não se tratou de uma manifestação, mas de um ataque contra a PF. Acreditam que, sem prender os executores e apontam os financiadores do caos, esse tipo de ação voltará a se repetir.

A repercussão negativa sobre uma suposta leniência de policiais levou à busca por responsáveis. Internamente, o recado foi dado: se o apoio ideológico a esse tipo de ato violento se colocar acima do cumprimento da lei, pessoas na cadeia de comando serão exoneradas de seus cargos, entre outros tipos de punição previstas.

Leia mais na coluna de Leonardo Sakamoto no UOL

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Foto: Reprodução