Moraes diz que TSE mostrou que ‘redes sociais não são terra sem lei’
“A Justiça brasileira e o TSE demonstraram que aqui no Brasil as redes sociais não são uma terra sem lei”

Mariane Veiga
Publicado em: 19/12/2022 às 14:12 | Atualizado em: 19/12/2022 às 14:46
O presidente do TSE (Tribunal Superior Eleitoral), Alexandre de Moraes, afirmou hoje (19) que as milícias digitais antidemocráticas são combatidas e não influenciaram as eleições.
“A Justiça brasileira e o TSE demonstraram que aqui no Brasil as redes sociais não são uma terra sem lei”, disse Moraes.
A declaração foi feita na sessão que encerrou os trabalhos deste ano na Corte Eleitoral.
Na semana passada, Moraes autorizou e a PF deflagrou a maior operação contra financiadores de atos antidemocráticos no país. Foram 103 mandados de busca em oito Estados e no Distrito Federal, além de 168 perfis bloqueados nas redes sociais.
Dois deputados estaduais bolsonaristas também foram alvo da operação e agora usam tornozeleira eletrônicas.
Em discurso, Moraes citou as resoluções aprovadas pelo tribunal que barraram no pleito deste ano o porte de armas nas seções eleitorais e o uso de celulares nas cabines de votação. Para o ministro, ambas as medidas são “marcas” do TSE para garantir tranquilidade nas eleições e combater o assédio eleitoral.
“Arma no dia das eleições é o voto”, afirmou, parafraseando a ministra Cármen Lúcia, que fez a declaração na sessão que aprovou a resolução limitando o porte de armas.
O presidente do TSE também exaltou a confiança do eleitorado brasileiro ao mencionar que os dados de menor abstenção no segundo turno demonstram êxito da Justiça Eleitoral no pleito deste ano.
“A abstenção no segundo turno foi menor que no primeiro turno, mostrando exatamente a confiança do eleitorado no sistema eleitoral, nas urnas eletrônicas e, mais importante que tudo isso, a confiança dos brasileiros na democracia, nas eleições, na escolha periódica de seus representantes”, comentou Moraes.
Moraes relembrou ainda dados sobre o processo eleitoral. Segundo levantamento feito pelo tribunal, desde o 1º de julho.
O último ato do TSE foi a diplomação do presidente eleito Lula da Silva (PT), conduzida na segunda-feira passada (12).
O evento marca o fim do processo eleito e apta o petista a assumir a presidência no próximo dia 1º de janeiro.
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Foto: Antonio Cruz/Agência Brasil