PF conclui que Bolsonaro cometeu crime ao associar HIV e vacina
A PF tambรฉm mirou o ajudante de ordens da Presidรชncia, o tenente Mauro Cรฉsar, que teria levantado as informaรงรตes divulgadas por Bolsonaro

Mariane Veiga
Publicado em: 28/12/2022 ร s 16:43 | Atualizado em: 28/12/2022 ร s 17:01
O presidente Jair Bolsonaro (PL) associou, falsamente, uma ligaรงรฃo entre a vacina contra a covid-19 e o vรญrus HIV em uma live feita em outubro de 2021.
Na mesma transmissรฃo, ele disse, sem apresentar provas, que a maioria das vรญtimas de gripe espanhola nรฃo teria morrido da doenรงa, mas de “pneumonia bacteriana causada pelo uso de mรกscara”.
No entanto, uma investigaรงรฃo da Polรญcia Federal (PF) concluiu que ambas as informaรงรตes sรฃo falsas e que Bolsonaro cometeu incitaรงรฃo ao crime ao fazer tal associaรงรฃo.
Intimado a depor no inรญcio do mรชs, Bolsonaro nรฃo respondeu ao prazo oferecido pela polรญcia.
A PF tambรฉm mirou o ajudante de ordens da Presidรชncia, o tenente Mauro Cรฉsar Barbosa Cid, que teria levantado as informaรงรตes divulgadas por Bolsonaro.
Ele foi indiciado pelas mesmas condutas que o presidente e alegou, no curso da investigaรงรฃo, de que as falas estariam protegidas pela liberdade de expressรฃo.
“Nรฃo se tratou de uma mera opiniรฃo, conforme defendido por Mauro Cid, mas sim de uma opiniรฃo de um Chefe de Estado, propagada com base em manipulaรงรฃo falsa de publicaรงรตes existentes nas redes sociais, opiniรฃo essa, que por ter a convicรงรฃo de que atingiria um nรบmero expressivo de expectadores, intencionalmente, potencialmente promoveu alarma”, disse a PF.
A conclusรฃo final segue a mesma linha apresentada no relatรณrio parcial do caso.
O documento foi entregue ao ministro Alexandre de Moraes, do STF (Supremo Tribunal Federal).
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Foto: Reproduรงรฃo