Autor da bomba no aeroporto do DF, bolsonarista se entrega à polícia
O bolsonarista era procurado pela polícia desde dezembro do ano passado

Ferreira Gabriel
Publicado em: 17/01/2023 às 17:36 | Atualizado em: 17/01/2023 às 17:36
Alan Diego dos Santos, foragido da Justiça por ser autor de bomba para explodir em um caminhão-tanque em Brasília, se entregou na delegacia de Comodoro, a 677 km de Cuiabá, nesta terça-feira (17).
O bolsonarista era procurado pela polícia desde dezembro do ano passado, quando participou da instalação de um artefato explosivo nos arredores do aeroporto da capital federal.
Além do atentado, ele é suspeito de participar do quebra-quebra promovido por bolsonaristas em 12 de dezembro, também em Brasília.
A Polícia Civil informou que cumpriu mandados de buscas, decretados pelo Supremo Tribunal Federal (STF), para apurar informações que pudessem levar à localização do procurado. Ele será encaminhado a uma unidade prisional, onde aguardará manifestação da Justiça.
“Na semana passada, realizamos buscas em uma área rural próximo de Vila Bela, porque recebemos informações de que ele estaria naquele local. Tivemos contato com um morador que disse saber onde ele estava. Então, tentamos convencê-lo a se entregar para que responda pelos crimes”, disse delegado Ricardo Sarto.
Após a prisão, o secretário-executivo do Ministério da Justiça e Segurança Pública, Ricardo Cappelli, interventor na segurança do Distrito Federal, publicou uma foto do suspeito nas redes sociais e comentou que “a lei será cumprida”.
Alan é réu no caso, junto com Washington de Oliveira Sousa e Welligton Macedo de Souza desde que a Justiça do Distrito Federal aceitou a denúncia na terça-feira (10). A decisão do juiz Osvaldo Tovani, da 8ª Vara Criminal de Brasília, é da primeira instância e atende denúncia do Ministério Público do Distrito Federal e Territórios (MPDFT), a partir das investigações da Polícia Civil.
O trio responderá na Justiça pelo crime de explosão, quando se expõe “a perigo a vida, a integridade física ou o patrimônio de outrem, mediante explosão, arremesso ou simples colocação de engenho de dinamite ou de substância de efeitos análogos”. A pena é de 3 a 6 anos de prisão e multa.
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Foto: Polícia Civil