‘Não haverá futuro se não preservarmos a Amazônia’
A frase é do novo presidente do BNDES, Aloízio Mercadante, anunciando que o meio ambiente é foco da agenda
Mariane Veiga
Publicado em: 06/02/2023 às 21:07 | Atualizado em: 06/02/2023 às 21:35
Durante posse como novo presidente do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), nesta segunda-feira (6), Aloizio Mercadante destacou que “não haverá futuro se não preservarmos a Amazônia e outros biomas” do país.
Para retomar seu protagonismo na agenda ambiental, o BNDES busca promover uma reindustrialização do país de forma descarbonizada e com novos níveis de digitalização.
A cerimônia de posse na sede do banco contou com a presença do presidente Lula da Silva (PT).
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“Nosso planeta não tem chance de prosperar se o sistema econômico e financeiro não mudar radicalmente para enfrentar a emergência climática e social. Estamos muito perto de uma catástrofe ambiental sem retorno e precisamos enterrar de vez o obtuso negacionismo climático que nos tornou grande vilão do planeta e apoiar a transição justa para economia de baixo carbono”, declarou o novo comandante.
O economista lembrou que o banco foi seminal ao desenvolvimento do país, citando na área energética a gestão dos investimentos que resultaram na Eletrobrás e o apoio à transição energética por meio de projetos renováveis e até na produção de aerogeradores, o que torna o Brasil mais verde, tradição que será resgatada junto a pluralidade do pensamento, dos valores democráticos e do combate ao desmatamento.
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Mercadante também trouxe o dado de que, somente em estrutura o hiato de investimentos atual da instituição é de R$ 226 bilhões, 2,6% do PIB de recursos que estão faltando para aportes em infraestrutura e que precisam ser alavancados e fortalecidos.
Outro grande desafio é a reindustrialização de uma nova indústria digital e descarbonizada, baseada em circularidade e em ser intensiva em conhecimento.
“A participação na indústria dos embolsos do BNDES era 56% em 2006, caiu 16% em 2021 e temos que reverter isso junto a retaguarda da AGU e ajuda do TCU”, analisou.
“Hoje cerca de 98% do mercado existente no mundo está fora no Brasil e precisamos disputar esse mercado, ganhar escala, competitividade, eficiência e se integrar nas cadeias mundiais de valor”, resumiu.
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Foto: Tomaz Silva/Agência Brasil