Nos próximos dias, o ex-titular da Suframa e coronel reservista Alfredo Menezes Júnior (PL) deve viajar aos Estados Unidos para se encontrar com o ex-presidente e compadre Jair Bolsonaro (PL).
De acordo com O Globo , o encontro seria visando movimentações para a disputa pela Prefeitura de Manaus em 2024.
Apesar de se autointitular um fenômeno político, Menezes não se elegeu em nenhuma das eleições que disputou, mesmo com apoio de Bolsonaro. Em 2020 ficou na quinta colocação pela Prefeitura de Manaus, dividindo votos da direita com o deputado federal Capitão Alberto Neto (PL).
Na última, em 2022, em cenário polarizado, Menezes era o candidato de Bolsonaro. Assim como o padrinho político, foi derrotado para o Senado pelo indicado de Lula da Silva (PT), Omar Aziz (PSD), que se reelegeu e virou após mais de 90% das urnas apuradas.
Menezes já comemorava a vitória, chegando a postar vídeo na internet, quando levou a virada de Aziz. Na euforia, também disse que participaria da entrevista da vitória ao lado do governador Wilson Lima (União Brasil).
O Globo vê polarização
Para 2024, a tendência, segundo O Globo, é a persistência da polarização Lula x Bolsonaro.
Nesse cenário, a disputa em Manaus também deve ser nacionalizada com outras capitais do país. É que, hoje, o atual prefeito, David Almeida (Avante), oscilaria em acenos a Lula e a Bolsonaro, seu candidato em 2022, em busca da reeleição.
Apesar do apoio a Bolsonaro, principalmente no segundo turno, Almeida, pelo bem da gestão, também se aproxima do governo petista.
Outro elemento que o jornal acrescenta para uma possível disputa polarizada em Manaus é que os dois tornaram-se desafetos na campanha de 2022. Menezes acabou tirando o candidato de Almeida, Chico Preto (Avante), para o Senado, na aliança com Lima.
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Menezes e Bolsonaro
Nas eleições de 2018, Manaus não reconhecia Menezes além de um cabo eleitoral de Bolsonaro. Mesmo sem expressão na política e sem ter passado por cargo público de relevância, foi nomeado pelo compadre presidente para dirigir a Zona Franca de Manaus (ZFM) na Suframa.
Bolsonaro iniciava, com essa nomeação, o processo de enfraquecimento e a campanha contra o polo industrial da ZFM. Plano que contava, portanto, com o aval do todo poderoso ministro da Economia, Paulo Guedes.
Foto: divulgação